1° O Rei do Iê Iê IêAntes de estourar Roberto Carlos já havia braçado o rock ainda nos anos 50 quando chegou a ser vendido por Carlos Imperial como o "Elvis brasileiro", mas logo o futuro Rei trocou o rock pela Bossa-Nova ainda que sem sucesso. A popualridade enfim chegou com nova mudança de rumo. Roberto (e Erasmo Carlos é bom lembrar) adaptaram a música jovem vinda de fora para a nossa realidade dando início a um caso de amor que dura até hoje. Apesar de ser renegada atualmente por Roberto, nenhuma música simboliza mais o período que Quero Que Vá Tudo Pro Inferno onde tudo é perfeição: letra, melodia, o uso pioneiro do órgão e claro, a interpretação forte e carregada de emoção. 2° O Soul Man
Com a Jovem Guarda já nas últimas Roberto abandona o programa de televisão de mesmo nome e faz a primeira mudança de rota ao abraçar a soul music. Em 1968 ele grava as fortes
Se Você Pensa e
As Canções Que Você Fez Pra Mim. No ano seguinte foi a vez de uma das grandes obras-primas da nossa música,
As Curvas da Estrada de Santos. Aqui também é preciso lembrar de
Tim Maia que tinha sido amigo de infância de Roberto e Erasmo e foi para os EUA bem quando a dupla explodiu. Ao voltar ele tentou se reaproximar de seus amigos famosos. Com Roberto a relação sempre ficou um tanto fria, mas ele deu um belo empurrão na carreira de Tim ao gravar
Não Vou Ficar, outra canção que sobrevive após mais de 40 anos.
3° O Romântico Incurável
Nos anos 70 RC dá nova guinada em sua carreira abraçando de vez o romantismo e se tornando uma espécie de
Frank Sinatra brasileiro, passando a usar arranjadores americanos e a ser acusadod e desprezar a nossa música. A faixa que simboliza essa época, e que também viria a definir
Roberto Carlos dali em diante é
Detalhes. A mais completa criação de Roberto e Erasmo essa é a canção que mesmo os maiores detratores do cantor se vêem na obrigação de reconhecer. Até hoje o momento chave dos shows do cantor,
Detalhes saiu no seu disco de 1971 (RC parou de nomear seus álbuns a partir de 1969), um dos melhores que gravou em sua longa carreira e um dos mais indicados para quem quer começar a conhecê-lo melhor.
4° O Sensual
Se Roberto nunca se enveredou pela política e música de protesto, o que fez dele uma das grandes "vítimas" dos engajados, ele ajudou a quebrar fronteiras em outras áreas. É preciso lembrar que
Roberto Carlos foi pioneiro em falar abertamente de sexo em suas canções de forma séria, adulta e sem deboche. Entre as várias que fez nessa praia (
Os Seus Botões,
Cama E Mesa,
Cavalgada,
O Côncavo e o Convexo) a primeira, e talvez a mais bela, seja mesmo
Proposta. O vídeo ao lado foi feito em 1974 no primeiro especial natalino gravado para a Rede Globo que desde então se transformou em uma das únicas chances de vê-lo na televisão já que por contrato ele não pode aparecer em outras emissoras.
5° O Homem de Fé
Desde 1970 que os discos de
Roberto Carlos passaram a trazer uma, nas palavras do próprio, "canção mensagem". Assim vieram
Jesus Cristo,
Todos Estão Surdos,
A Montanha,
Ele Está Pra Chegar em uma longa série que atingiu seu ápice nos anos 90 quando muitos chegaram a pensar que Roberto iria se tornar um cantor de música gospel.
Fé de 1979 também tem outra caracaterística de muitas canções de Roberto: a música de fácil assimilação, entoada qual um hino que funcionam perfeitamente em grandes shows ou eventos com multidões. É só lembrar de
Amigo,
Eu Quero Apenas,
A Guerra Dos Meninos e
Nossa Senhora, essa também de cunho religioso.
Fonte : Vagalume