Ao Vivo

12 de julho de 2011

Mamonas pra Sempre



Quem se encantou com o cabelo da hora da mina, com a saga de Manoel numa festinha esquisita e, ainda, com a transformação de um tal de RoboCop Gay pode relembrar os feitos de cinco rapazes de Guarulhos no documentário Mamonas pra Sempre, produção que chega nesta sexta-feira aos cinemas. Pouco mais de 15 anos após a morte repentina de todos os integrantes do grupo, que fez sucesso meteórico entre 1995 e 1996 e vendeu 3 milhões de cópias de seu único álbum, os fãs têm a chance de rever as estripulias do Grupo.

Dirigido por Cláudio Kahns, o filme, que começou como uma pesquisa para a realização de um longa-metragem de ficção ou uma minissérie de TV, não traz grandes novidades sobre a banda e se baseia em duas vertentes: entrevistas com familiares e outros conhecidos dos membros da banda e imagens de arquivo pessoal, feitas pelos próprios artistas durante apresentações e viagens..

Um momento bem aproveitado pelo filme é a guerra que os Mamonas Assassinas causaram entre as emissoras de televisão. Com o sucesso avassalador, o grupo era o convidado principal dos programas dominicais dos três maiores canais abertos da época, Globo, SBT e Manchete. Faustão e Gugu, por exemplo, disputavam a presença da banda no palco, o que, na época, era garantia de primeiro lugar no Ibope.

Na contramão do excesso de imagens antigas que compõem o filme, foram criados avatares responsáveis por garantir um pouco de humor, característica mais forte dos Mamonas. Assim, ao longo dos 84 minutos de projeção, Dinho, Bento, Júlio, Samuel e Sérgio marcam presença por meio dos bonequinhos que fazem graça na tela.

O efeito dá um ar mais leve à produção e anima o espectador, que pode se cansar com as sequências amadoras registradas pelos próprios músicos. O documentário evita explorar a morte prematura dos integrantes do grupo ao tratar a tragédia de forma respeitosa e narrar o que houve sem sentimentalismos.

(Com Agência Estado)

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