Família de M.Jackson testemunhará em julgamento relacionado com sua morte
Após quase quatro anos da
morte de Michael Jackson, as circunstâncias de sua morte voltarão a
debate em um novo julgamento por causa de um processo movido por seus
familiares contra a promotora AEG, acusada de negligência ao dar
assistência médica inadequada ao artista.
Segundo o site da "CNN", a seleção do
júri começa nesta terça-feira em um tribunal de Los Angeles. O processo
pode se alongar por vários meses.
A AEG Live é a produtora dos shows que Michael faria na Arena O2 de Londres, pouco antes de sua morte.
O processo, apresentado em setembro de
2010 na Suprema Corte de Los Angeles, se concentra no fato de que a AEG
Live atuou supostamente de forma negligente na hora de contratar Conrad
Murray como médico pessoal de Michael Jackson.
Murray foi condenado a quatro anos de
prisão, a pena máxima possível para um caso de homicídio involuntário,
segundo decretou o juiz Michael Pastor, da Suprema Corte de Los Angeles.
Michael Jackson faleceu aos 50 anos em
junho de 2009, vítima de uma intoxicação de remédios, principalmente do
anestésico de uso hospitalar Propofol, segundo determinou a necrópsia. O
cardiologista, responsável por administrar a medicação a Michael
Jackson, cumpre pena na prisão do condado de Los Angeles.
A mãe do músico, Katherine, que figura no
processo junto com os filhos do artista (Prince, Paris e Blanket),
reivindica que o contrato assinado entre Michael Jackson e a AEG
obrigava esta empresa a "atuar razoavelmente" em relação ao bem-estar
físico do "rei do pop".
Além disso, reprova a entidade pela
contratação de Murray como médico pessoal de Jackson sem ter investigado
a fundo o histórico do especialista.
"A AEG não ofereceu um médico que
realmente se preocupasse com Michael e também não contava com o
equipamento adequado para salvar sua vida", afirmou a mãe do artista no
processo. É esperado o testemunho de Katherine, Prince e Paris durante o
julgamento.
O site da "CNN" garantiu que os advogados
da AEG Live usarão argumentos como os supostos abusos de menores
cometidos por Michael Jackson e evidências de sua dependência química
para defender o papel da empresa na morte do artista.
"Não sei como se pode evitar a
responsabilidade do senhor Michael Jackson neste caso", disse o advogado
da AEG Live, Marvin Putnam, em um trecho de um documentário que a "CNN"
exibirá nesta sexta-feira.
Putnam afirma que o julgamento sobre os
abusos é relevante "porque resultou em um aumento incrível de seu
consumo de medicamentos".
A juíza da Suprema Corte do condado de
Los Angeles, Yvette Palazuelos, disse em fevereiro que os advogados da
família Jackson tinham reunido material suficiente para denunciar
judicialmente o caso e demonstrar que a AEG Live poderia ter advertido
que Murray utilizaria medicamentos de risco na hora de tratar do
artista.
Os parentes de Jackson esperam receber
uma quantia similar a que o músico receberia durante o curso de sua
carreira se não tivesse morrido. Segundo especialistas, essa quantia é
estimada em vários bilhões de dólares.
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