Viagem de Beyoncé e Jay-Z a Cuba reflete tendência cultural
MIAMI, 9 Abr (Reuters) - Quando o Departamento do Tesouro dos Estados
Unidos aprovou na semana passada uma viagem cultural a Cuba, não tinha
ideia de que o grupo incluía os astros pop Beyoncé e Jay-Z, segundo
pessoas familiarizadas com a visita de quatro dias.
A viagem foi tratada de acordo com um procedimento padrão para intercâmbios culturais interpessoais envolvendo EUA e Cuba, sem que o célebre casal recebesse qualquer tratamento especial, segundo a entidade Arranjos Acadêmicos no Exterior (AAA, na sigla em inglês), ONG de Nova York que organizou a viagem.
Por causa do embargo comercial adotado há mais de meio século pelos EUA contra o regime comunista cubano, a maioria dos norte-americanos está proibida de viajar à ilha sem uma autorização especial de Washington. Viagens de turismo são especificamente proibidas.
Três parlamentares norte-americanos de origem cubana - todos republicanos da Flórida e partidários de uma posição firme dos EUA contra Havana - pediram ao Departamento do Tesouro que revisse a autorização para a viagem, o que levou as autoridades a solicitarem esclarecimentos sobre o itinerário e os documentos de viagens apresentados pelos organizadores, segundo a AAA.
Os deputados Ileana Ros-Lehtinen e Mario Diaz-Balart disseram que a viagem dos artistas está sendo usada pelo governo cubano para fins de propaganda, ao passo que o senador Marco Rubio se queixou de que o programa de intercâmbio cultural "foi alvo de abusos por turistas".
Em nota divulgada na segunda-feira, Rubio disse que, se fosse confirmada a autorização oficial para a viagem, o governo Obama "deveria explicar exatamente como viagens como essa cumprem as leis e regulamentos dos EUA que governam as viagens a Cuba".
O Departamento de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro, que administra as sanções a Cuba e as eventuais autorizações para viagens, disse que não comentaria casos individuais.
Mas, segundo as regras do Tesouro, as viagens para intercâmbios interpessoais devem ser concedidas apenas a organizações, não a indivíduos.
A aprovação se baseia principalmente em garantias de que o itinerário cumpre as regras relacionadas a viagens culturais. Não é preciso informar de antemão quais serão os indivíduos envolvidos na viagem.
No ano passado, essas regras foram alteradas após uma batalha parlamentar encabeçada por Rubio, que conseguiu adotar termos mais rígidos para evitar que turistas comuns burlassem o sistema.
Beyoncé e Jay-Z viajaram a Cuba num grupo de 12 pessoas, as quais incluíam suas respectivas mães e dois seguranças. As autoridades dos EUA só souberam que eles participariam da viagem quando o casal se apresentou na quarta-feira passada no Aeroporto Internacional de Miami, de onde saiu o avião para Havana.
Os dois artistas, que comemoraram na ilha seu quinto aniversário de casamento, se tornaram os mais famosos norte-americanos a visitarem Cuba nos últimos anos. Mas sua viagem em nada diferiu das centenas de excursões semelhantes que acontecem todos os anos com autorização do Departamento do Tesouro, segundo especialistas.
Uma pessoa familiarizada com o itinerário disse que a viagem não inclui reuniões com autoridades cubanas, nem atividades tipicamente turísticas, como idas à praia. Houve visitas a artistas locais, a casas noturnas com música ao vivo e a um grupo de teatro infantil.
"Tudo isso parece muito típico do que nós fazemos", disse Tom Popper, presidente da entidade Insight Cuba, subdivisão da ONG internacional Cross Cultural Solutions, que organiza cerca de 150 excursões desse tipo por ano.
O ministério cubano do Turismo diz que 500 mil cidadãos dos EUA viajaram à ilha em 2011. A maioria é formada por cubano-americanos em visita a parentes, mas a cifra inclui também cerca de 90 mil norte-americanos de outras origens, fazendo viagens autorizadas.
A viagem foi tratada de acordo com um procedimento padrão para intercâmbios culturais interpessoais envolvendo EUA e Cuba, sem que o célebre casal recebesse qualquer tratamento especial, segundo a entidade Arranjos Acadêmicos no Exterior (AAA, na sigla em inglês), ONG de Nova York que organizou a viagem.
Por causa do embargo comercial adotado há mais de meio século pelos EUA contra o regime comunista cubano, a maioria dos norte-americanos está proibida de viajar à ilha sem uma autorização especial de Washington. Viagens de turismo são especificamente proibidas.
Três parlamentares norte-americanos de origem cubana - todos republicanos da Flórida e partidários de uma posição firme dos EUA contra Havana - pediram ao Departamento do Tesouro que revisse a autorização para a viagem, o que levou as autoridades a solicitarem esclarecimentos sobre o itinerário e os documentos de viagens apresentados pelos organizadores, segundo a AAA.
Os deputados Ileana Ros-Lehtinen e Mario Diaz-Balart disseram que a viagem dos artistas está sendo usada pelo governo cubano para fins de propaganda, ao passo que o senador Marco Rubio se queixou de que o programa de intercâmbio cultural "foi alvo de abusos por turistas".
Em nota divulgada na segunda-feira, Rubio disse que, se fosse confirmada a autorização oficial para a viagem, o governo Obama "deveria explicar exatamente como viagens como essa cumprem as leis e regulamentos dos EUA que governam as viagens a Cuba".
O Departamento de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro, que administra as sanções a Cuba e as eventuais autorizações para viagens, disse que não comentaria casos individuais.
Mas, segundo as regras do Tesouro, as viagens para intercâmbios interpessoais devem ser concedidas apenas a organizações, não a indivíduos.
A aprovação se baseia principalmente em garantias de que o itinerário cumpre as regras relacionadas a viagens culturais. Não é preciso informar de antemão quais serão os indivíduos envolvidos na viagem.
No ano passado, essas regras foram alteradas após uma batalha parlamentar encabeçada por Rubio, que conseguiu adotar termos mais rígidos para evitar que turistas comuns burlassem o sistema.
Beyoncé e Jay-Z viajaram a Cuba num grupo de 12 pessoas, as quais incluíam suas respectivas mães e dois seguranças. As autoridades dos EUA só souberam que eles participariam da viagem quando o casal se apresentou na quarta-feira passada no Aeroporto Internacional de Miami, de onde saiu o avião para Havana.
Os dois artistas, que comemoraram na ilha seu quinto aniversário de casamento, se tornaram os mais famosos norte-americanos a visitarem Cuba nos últimos anos. Mas sua viagem em nada diferiu das centenas de excursões semelhantes que acontecem todos os anos com autorização do Departamento do Tesouro, segundo especialistas.
Uma pessoa familiarizada com o itinerário disse que a viagem não inclui reuniões com autoridades cubanas, nem atividades tipicamente turísticas, como idas à praia. Houve visitas a artistas locais, a casas noturnas com música ao vivo e a um grupo de teatro infantil.
"Tudo isso parece muito típico do que nós fazemos", disse Tom Popper, presidente da entidade Insight Cuba, subdivisão da ONG internacional Cross Cultural Solutions, que organiza cerca de 150 excursões desse tipo por ano.
O ministério cubano do Turismo diz que 500 mil cidadãos dos EUA viajaram à ilha em 2011. A maioria é formada por cubano-americanos em visita a parentes, mas a cifra inclui também cerca de 90 mil norte-americanos de outras origens, fazendo viagens autorizadas.
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