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3 de maio de 2013

Detetive conta como suspeitou do médico no caso Michael Jackson

Michael Jackson durante o lançamento da turnê 'Is This It'. Ele morreu antes dos shows Foto: Getty Images
Michael Jackson durante o lançamento da turnê 'Is This It'. Ele morreu antes dos shows
Foto: Getty Images
O detetive Orlando Martínez, que conduziu a investigação após a morte de Michael Jackson, lembrou, nesta quinta-feira (2), dos passos que o levaram a suspeitar do médico do cantor, Conrad Murray.

No terceiro dia de testemunho, no julgamento da família Jackson contra a produtora AEG, o detetive Martínez da Polícia de Los Angeles (LAPD) contou que ele e sua equipe só conseguiram interrogar Murray dois dias depois da morte do astro, em 25 de junho de 2009. O médico está preso pelo homicídio culposo de Michael.

Martínez disse que viu a mãe do cantor, Katherine, a irmã LaToya, junto com o agente do astro Frank Dileo, assim como os filhos Prince, Paris e Blanket no hospital, quando o Rei do Pop foi levado para os serviços de emergência. Entre eles, não estava Murray, médico pessoal do artista.

Quando o advogado Marvin Putnam, que defende a promotora de shows AEG Live no processo civil iniciado pela família Jackson, perguntou a Martínez se o fato de não ter encontrado Murray imediatamente transformou-o em um suspeito, o detetive respondeu afirmativamente.

"Se tinha sido uma emergência médica, ou uma morte natural, por que (Murray) não queria falar com a gente? Por que deixaria o hospital, por que deixaria seu carro na casa dos Jackson?", respondeu o detetive. Martínez conseguiu interrogar Murray dois dias depois, em 27 de junho.

"Todas essas coisas (...) levaram-no a considerar uma investigação criminal?", insistiu Putnam. "Sim", respondeu o policial, acrescentando que foi nesse momento que pediu um mandado de busca e encontrou na maleta de médico de Murray o sedativo Propofol, que levou Michael à morte.

O detetive lembrou ainda da grande bagunça nos quartos e banheiros do andar superior da mansão do cantor, em Holmby Hills. Já o quarto principal, no qual Michael Jackson morreu, parecia ter sido recém-arrumado.

Conrad Murray foi condenado a quatro anos de prisão em 2011, por ministrar uma dose letal de Propofol em Michael, com a intenção de aliviar sua insônia crônica.

A mãe de Michael Jackson, Katherine, acusa a AEG Live de agir com negligência ao contratar Murray e pressionar o astro além do limite. Já a AEG tentará provar que a contratação de Murray foi decidida pelo cantor, e que ele, com seus vícios, foi responsável por sua própria morte.

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