Coreógrafo australiano que conheceu rei do pop aos 5 anos de idade alega ter sido molestado pelo cantor quando ainda era criança; defesa nega
O cantor norte-americano Lionel Richie, um velho amigo
do falecido Michael Jackson, disse nesta quinta-feira (9) que o novo
processo por pedofilia contra o astro é uma "falácia". O desabafo
veio depois que o advogado da suposta vítima chamou o rei do pop de
"monstro".
O coreógrafo australiano Wade Robson entrou com uma ação
alegando "abuso sexual infantil", no último dia 1º de maio, apesar de
ter testemunhado, no julgamento por pedofilia de 2005, que Michael nunca
tocou nele.
Na ação, os advogados de Robson, que passou anos de sua
adolescência no rancho Neverland de Michael Jackson, em Santa Bárbara, e
na casa do cantor em Las Vegas, pedem que um juiz de Los Angeles lhes
autorize a apresentar seu cliente como credor da herança do cantor.
"Michael Jackson era um monstro e, em seu coração,
qualquer pessoa normal reconhece isso", disse em nota o advogado Henry
Gradstein.
Eles alegam que seu cliente "entrou em colapso pelo
estresse e pelo trauma sexual causados pelo que aconteceu com ele
durante sete anos de sua infância. Viveu com a lavagem cerebral de um
pedófilo até que o peso dessa carga o esmagou".
Jackson, que sofreu vários processos por acusações de
pedofilia, foi absolvido de todos eles em um julgamento em 2005. Sua
carreira, no entanto, nunca mais foi a mesma.
Segundo Gradstein, o cantor teria dito a Robson que se
alguém descobrisse o que haviam feito ambos iriam à prisão pelo resto de
suas vidas. "Esse tipo de intimidação é tragicamente típico e efetivo,
porque mantém as crianças caladas", criticou Gradstein.
Em resposta à nova ação, Howard Weitzman, um dos
advogados dos responsáveis pelo patrimônio de Jackson, disse que a
acusação de Robson é "patética". "É um jovem que testemunhou em duas
ocasiões, sob juramento, nos últimos 20 anos, além de ter dito em
inúmeras entrevistas que Michael Jackson nunca havia feito nada
inapropriado com ele", argumentou.
"Agora, quase quatro anos depois do falecimento de
Michael, criam essa triste e absurda acusação. Estamos certos de que a
Corte a verá como ela é", concluiu.
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