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30 de outubro de 2013

Frota diz que é contra as biografias não autorizadas: ‘Me sentiria invadido’

Ator, que lançou recentemente ‘Identidade Frota’, defende o grupo ‘Procure Saber’ e conta que já se relacionou com Paula Lavigne, porta-voz do grupo.


Alexandre Frota (Foto: Iwi Onodera / EGO)Alexandre Frota no lançamento de sua biografia:
sucesso de vendas
Um dia depois do grupo Procure Saber - que reúne artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque e Robero Carlos -, se manifestar mais uma vez contra as biografias não autorizadas e se declarar contra a censura, o EGO foi conversar com o dono de uma das biografias mais comentadas do momento.

Em papo com Alexandre Frota, que lançou "Identidade Frota - A estrela e a escuridão", o ator disse que não teve problemas em rever sua trajetória recheada de sexo, drogas e muitas polêmicas, mas que não gostaria que outra pessoa o fizesse.
“Acho que biografia deve ser autorizada, acordada entre biografado, autor e editor. O combinado não sai caro. Eu me sentiria invadido, sacaneado, malcompreendido, currado e violentado se escrevessem a minha história sem minha autorização”, diz ele que escreveu o  livro em parceria com Pedro Henrique Peixoto.

Durante a entrevista, Frota revelou ainda que se relacionou com Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano Veloso e porta-voz do Procure Saber. "Paula foi minha mulher. Só não casamos, mas vivemos intensamente uma relação de amor conturbada e cheia de momentos engraçados", contou ele, que fez a escola de teatro Tablado, no Rio, com ela.
Entenda a polêmica
A polêmica das biografias não autorizadas começou quando a Associação Nacional dos Editores de Livros, a Anel, entrou com uma ação questionando dois artigos do Código Civil. Um que determina que é preciso autorização para a publicação ou uso da imagem de uma pessoa, diz ainda que a divulgação de escritos, a transmissão, publicação ou exposição poderão ser proibidas se atingirem honra, boa fama, respeitabilidade ou se tiverem fins comerciais. O outro artigo diz que a vida privada é inviolável. A Anel alega que a necessidade de autorização prévia é uma forma de censura. A ação fez com que um grupo de artistas, através da associação “Procure Saber”, se juntasse para manter a necessidade de autorização. Fazem parte do grupo gente como Roberto Carlos, Chico Buarque e Caetano Veloso. Confira mais do papo com Alexandre Frota abaixo.
Acha que os medalhões da MPB como Chico Buarque e Caetano Veloso estão exagerando ou estão certos em se resguardar?
Acho que estão certos em se resguardar. Claro que devem ter muita coisa a temer, a esconder, a pagar, mas são pessoas importantes. Não querem agora, no final de tudo, que muitas verdades venham à tona.
Como se sentiria se uma pessoa estranha tentasse revelar detalhes da sua vida como quase morte, drogas e sexo com famosas sem sua autorização?
Eu me sentiria como me senti a vida inteira: muitas vezes invadido, sacaneado, mal compreendido, currado e violentado.
De quem você gostaria de ler uma biografia não-autorizada?
Bom, como conheço o passado de quase todos, e quase tudo que fizeram, não tenho necessidade de ler nada.
Alexandre Frota (Foto: Iwi Onodera / EGO)Ele diz que vai lançar mais um livro 
O que acha de Paula Lavigne fazendo a defesa de Chico, Caetano, Gil e Roberto Carlos no ‘Procure Saber’?
Paula foi minha mulher. Só não casamos, mas vivemos intensamente uma relação de amor conturbada e cheia de momentos engraçados. Adoro Caetano e Gil. Roberto, não conheço. Só o vi na morte do Chacrinha. Mas me parece ser bem pertinente dela cuidar do interesses de deles.
Arrependeu-se de escrever sua biografia?
Não! E, aliás, vem aí o “Última Frota”, com detalhes que ficaram de fora do primeiro livro.
Como tem sido a repercussão do livro nas ruas?
Muito boa. O livro esgotou, vendemos tudo e foi um sucesso. Foram vendidos 10 mil livros! Toda a tiragem.
Dá para ganhar dinheiro com livro no Brasil?
Dá, é só saber fazer o produto
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