Em São Paulo, Justin Bieber se irrita e deixa palco sem cantar bis de "Baby"
- 02.nov.2013 - O cantor pop canadense Justin Bieber se apresenta na Arena Anhembi, em São Paulo
Com 1h15 de atraso, Justin Bieber se apresentou para 35 mil pessoas na Arena Anhembi, em São Paulo. Em meio a choradeiras, histeria e desmaios, o cantor pop candense tirou suspiros das fãs que esgotaram os ingressos do local. No entanto, no bis do show - momento em que ele cantaria "Baby" - uma garrafa d'água foi atirada contra seu microfone. Irritado, Bieber deixou o palco antes do gran finale.
Os bailarinos de Bieber ficaram paralisados ao verem o astro teen saindo o palco. Esperançosos, eles até tentaram aguardar a volta do cantor, mas em vão. Ele não apareceu e muitas fãs caíram novamente ao choro. "Alguém tem que pedir desculpa para ele", disse uma delas. Poucas horas após o show, as hashtags "#SorryJustinFromBrazil" e "#BrazilSorryJustin" entraram para os trending topics mundial. Fãs de todas as partes do mundo tentaram se desculpar com o cantor pelo ocorrido no Brasil. Ainda na rede social, Bieber agradeceu o amor dos fãs e aproveitou para dizer que neste domingo faz mais um show no país, no Rio de Janeiro.
Mesmo dando chá de cadeira nas fãs, Justin empolgou o público paulistano abrindo o show da turnê "Believe" com o hit "All Around the World". Pedindo que o público fizesse muito barulho, ele disse: "E aí, São Paulo?! Estão prontos para uma aventura esta noite? Sou o Justin Bieber e quero levar vocês. Pulem, pulem!".
Incorporando um sex symbol, Bieber fez trocas de roupas e levou a garotada ao delírio ao tirar a camisa. Outro ponto alto da apresentação foi o momento que escolheu uma felizarda para subir ao palco e ganhar a tão desejada corOa de flores no hit "One less lonely girl".
Fãs ficam sem banho e perdem prova
Um dia antes do show de Justin Bieber em São Paulo, fãs do cantor pop superlotam a rua Olavo Fontoura, em frente ao Anhembi – local da apresentação. Muitos deles estão sem tomar banho, faltaram na escola, perderam provas, enfrentaram calor e frio e não desgrudam das barracas, transformando a calçada em uma espécie de Woodstock brasileiro adolescente. Assista ao vídeo acima.
Em clima de festa, gritos e ansiedade para ver o ídolo, muitos pais acompanham seus filhos para realizar o sonho deles, perdem dias de trabalho e passam as noites dentro de uma barraca pequena e com pouco aconchego.
Mas nem sempre foi assim. Adolescentes e jovens só voltaram a montar barracas no local no início desta semana. Proibidos pelo Conselho Tutelar e Guarda Civil Metropolitana desde o final de setembro, eles ignoraram a medida e formaram um grande acampamento no lugar.
De acordo com a assesoria do Anhembi, não houve nenhuma liberação de nenhum dos órgãos para que as fãs voltassem a se instalar no local. "Elas não podem ficar ali porque atrapalham o fluxo e é muito perigoso. Além de tudo, muitas são menores de idade", explicou o assesor, que aguarda um posicionamento do Conselho Tutelar e da Subprefeitura de Santana.
Procurada pelo UOL, a subprefeitura de Santana/Tucuruvi disse que tem realizado vistorias diárias na região do Sambódromo em razão da proximidade do show. "As pessoas estão sendo orientadas a preservar o espaço mínimo, para garantir a circulação de pedestres na calçada", diz o órgão em comunicado. E acrescenta: "Não há liberação por parte da subprefeitura para a montagem de barracas".
Os fãs estão no local desde o dia 13 de setembro. Inicialmente, montavam barracas e acampavam no portão 29 do Anhembi.
No entanto, depois que a Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro determinou que barracas não fossem montadas em frente ao sambódromo da cidade, as novas medidas chegaram a São Paulo. Desde o dia 26 de setembro, as paulistas também foram proibidas de acampar na rua à espera de Justin. Segundo a assessoria das subprefeituras de São Paulo, as barracas foram retiradas com ajuda do Conselho Tutelar e da Guarda Civil Metropolitana por "uso irregular do solo e obstrução de passagem".
No dia 3 de outubro, a equipe do UOL esteve no local e conversou com as fãs que relataram alguns perrengues passados por elas desde o primeiro dia que se instalaram no Anhembi.
"No dia em que tiraram as barracas, vieram muitos policiais aqui e, se a gente não saísse, iam tirar a força e pegar tudo o que tinha no chão. Falaram que se a gente dormisse aqui, os pais poderiam até responder processo", contou ao UOL a estudante T. G., de 17 anos. Ela é uma dos 280 fãs que se dividem em grupos e se revezam diariamente para "marcar território" em frente ao Anhembi, mesmo sem barraca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário