Herdeiros de Jorge Amado entregam Casa do Rio Vermelho à Prefeitura de Salvador
MARCELO SPERANDIO
Um dos escritores brasileiros mais publicados no mundo, o baiano Jorge Amado
morreu em 2001. Desde então, seus herdeiros tentavam transformar a Casa
do Rio Vermelho, onde o romancista passou grande parte de sua vida, num
memorial aberto ao público. Parece que o suor chegou ao fim. Na próxima
sexta-feira, os filhos e netos de Jorge Amado assinarão um contrato de
cessão da casa para a Prefeitura de Salvador. O imóvel ficará sob a
responsabilidade do poder público municipal pelos próximos 10 anos, com
opção de renovação por mais uma década. A casa vai ser transformada num
museu com 18 ambientes. O secretário de Turismo e Cultura de Salvador,
Guilherme Bellintani, diz: "Apostamos que o memorial será um dos pontos
turísticos mais visitados da Bahia. Foi ali que Jorge Amado recebeu
grandes artistas brasileiros e estrangeiros. Um espaço que respira
cultura". A Prefeitura vai investir R$ 3 milhões para restaurar o lugar e
patrocinar uma ampla pesquisa histórica. Outros R$ 3 milhões serão
captados pela Lei Rouanet. A gestão do museu será feita pela Fundação
Casa de Jorge Amado. No jardim do imóvel, estão enterradas as cinzas de
Jorge Amado e da escritora Zélia Gattai, sua mulher, morta em 2008.
Cheia de símbolos do candomblé e com um lindo pomar, a residência serviu
de refúgio para o romancista escrever obras como Dona Flor e seus dois maridos e Quincas Berro D'Água.
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