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1 de fevereiro de 2014

Herdeiros de Jorge Amado entregam Casa do Rio Vermelho à Prefeitura de Salvador

MARCELO SPERANDIO
O teatro baiano em homenagem ao saudoso Jorge Amado pode deixar de existir (Foto: Divulgação)
Um dos escritores brasileiros mais publicados no mundo, o baiano Jorge Amado morreu em 2001. Desde então, seus herdeiros tentavam transformar a Casa do Rio Vermelho, onde o romancista passou grande parte de sua vida, num memorial aberto ao público. Parece que o suor chegou ao fim. Na próxima sexta-feira, os filhos e netos de Jorge Amado assinarão um contrato de cessão da casa para a Prefeitura de Salvador. O imóvel ficará sob a responsabilidade do poder público municipal pelos próximos 10 anos, com opção de renovação por mais uma década. A casa vai ser transformada num museu com 18 ambientes. O secretário de Turismo e Cultura de Salvador, Guilherme Bellintani, diz: "Apostamos que o memorial será um dos pontos turísticos mais visitados da Bahia. Foi ali que Jorge Amado recebeu grandes artistas brasileiros e estrangeiros. Um espaço que respira cultura". A Prefeitura vai investir R$ 3 milhões para restaurar o lugar e patrocinar uma ampla pesquisa histórica. Outros R$ 3 milhões serão captados pela Lei Rouanet. A gestão do museu será feita pela Fundação Casa de Jorge Amado. No jardim do imóvel, estão enterradas as cinzas de Jorge Amado e da escritora Zélia Gattai, sua mulher, morta em 2008. Cheia de símbolos do candomblé e com um lindo pomar, a residência serviu de refúgio para o romancista escrever obras como Dona Flor e seus dois maridos e Quincas Berro D'Água.

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