Caruaru é o principal colégio eleitoral do Interior pernambucano. A Capital do Agreste reúne quase 200 mil eleitores e possui hoje representação na principal cadeira administrativa do Estado: a de governador. Filho da Terra, o socialista João Lyra Neto já foi prefeito da gestão caruaruense e é hoje a maior liderança de lá. Mas outros pesos pesados da política habitam na terrinha do forró e tem algo em comum, estão juntos e quase misturados na Frente Popular de Pernambuco.
A mistura não se dá por completo porque as diferenças existentes entre as lideranças políticas de Caruaru são claras, postas e expostas a cada fala ou aparição pública. Tanto que, durante a abertura do São João do município, no fim de semana, foi preciso fazer uma sessãozinha extra (e bem distante) de fotos para que o deputado estadual Tony Gel (PMDB) e o prefeito José Queiroz (PDT) pudessem aparecer “unidos” em torno das postulações de Paulo Câmara (PSB), Raul Henry (PMDB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB).
O próprio governador João Lyra Neto também não anda muito próximo ao pedetista. Aliás, faz questão de deixar explícito que ele e Queiroz são água e óleo. Exibem as diferentes quando colocados juntos.
Mas esse tipo de fenômeno não se restringe ao município agrestino. Durante as eleições de 2010, o então candidato à reeleição Eduardo Campos (PSB) cansou de exibir adversários locais no seu palanque, como em Vitória de Santo Antão com Elias Lira e José Agaílson. Em alguns momento, no entanto, precisou participar de dois eventos distintos para evitar atritos públicos entre os alinhados.
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