Bancários entram em greve por tempo indeterminado; veja como pagar contas
Do UOL, em São Paulo
De acordo com o órgão sindical, por volta das 9h45, 75 sindicatos em 24 Estados, ligados à Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), tinham aderido à paralisação.
O Comando Nacional é formado pela Contraf-CUT, dez federações e 134 sindicatos de bancários de todo o país, que representam mais de 90% dos 511 mil trabalhadores de bancos públicos e privados.
Um balanço do primeiro dia de greve será divulgado no final da tarde desta terça, com base nas informações que estão sendo enviadas pelos sindicatos para a Contraf-CUT.
Procurada pelo UOL, a entidade que representa os bancos, a Febraban, ainda não tinha se pronunciado até a publicação desta reportagem.
Consumidor deve pagar as contas em dia
A greve dos bancários não tira do consumidor a obrigação de pagar as contas em dia, segundo o Procon de São Paulo. A orientação do órgão é que os consumidores procurem as empresas que emitiram as faturas para pedir outras opções de pagamento.É importante lembrar que há vários serviços alternativos que não são afetados pela greve, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativo do banco no celular (mobile banking), operações bancárias por telefone e também pelos correspondentes, que são casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.
Os pagamentos também podem ser feitos por meio de cheque, cartão e Débito Direto Autorizado (DDA).
Reivindicações e propostas
No sábado (27), a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) propôs reajuste de 7,35% para salários e demais verbas, sendo 0,94% de aumento real, descontando a inflação. Para os pisos, a proposta foi de reajuste de 8%, sendo 1,55% acima da inflação.A proposta foi considerada insuficiente. Os trabalhadores pedem aumento de 12,5%.
"Além de o índice de reajuste não atender a expectativa dos bancários, a proposta não contempla as reivindicações não econômicas, que para nós são imprescindíveis, como garantia de emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, segurança bancária e igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Por sua vez, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) afirmou que "a proposta apresentada viabiliza uma negociação célere para o fechamento de um acordo", segundo comentário do diretor de relações do trabalho da entidade, Magnus Ribas Apostólico, em comunicado divulgado nesta sexta-feira.
Os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias no ano passado, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%.
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