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30 de outubro de 2014

Dilma diz que defenderá regulação da mídia e criminalização da homofobia

Do UOL, em São Paulo
Em entrevista exibida na noite desta terça-feira (28) no "SBT Brasil", a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que irá defender, no seu segundo mandato, a regulação econômica da mídia e se empenhará na aprovação do projeto de lei 122/2013, que torna a homofobia crime.
A presidente também tratou da proposta de reforma política por meio de um plebiscito, do escândalo da Petrobras e do diálogo que pretende estabelecer com a oposição.
Sobre a regulação da mídia, Dilma afirmou que a questão não pode ser confundida com interferência na liberdade de expressão. "Não vou regulamentar a mídia no sentido de interferir na liberdade de expressão. Vivi sob a ditadura. Sei o imenso valor da  liberdade de imprensa. Agora, como qualquer setor econômico, ela [a mídia] tem que ter regulações econômicas", disse ao jornalista Kennedy Alencar.
Questionada sobre o projeto de criminalização da homofobia, Dilma reafirmou o que havia dito durante a campanha eleitoral. "Darei integral apoio. É uma medida civilizatória. O Brasil tem de ser contra a violência que vitima a mulher. A violência que de forma aberta ou escondida fere os negros. E também tem que ser contra a homofobia. É uma barbárie."
Perguntada sobre sua posição com relação ao casamento igualitário, Dilma defendeu o entendimento atual do STF (Supremo Tribunal Federal), que reconheceu a união civil de pessoas do mesmo sexo. Organizações LGTB argumentam que a decisão do Supremo, apesar de ser um avanço, não assegura a gays e lésbicas os mesmos direitos presentes no casamento civil.

Reforma política

Dilma voltou a defender a realização de uma consulta popular para tratar da reforma política. A presidente citou a cobrança que recebeu, durante a campanha, de movimentos sociais e da sociedade civil para que haja participação popular na reforma.
"Eu quero a participação popular. Nesse processo eleitoral, eu estive com muitos movimentos, muitas representações, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), movimentos sociais, órgãos da sociedade civil, e eles fizeram aquela coleta de assinaturas muito expressiva. Chegaram a sete ou oito milhões de assinaturas, e eles propõe duas coisas: consulta popular --referendo, plebiscito, seja o que for-- e propõe uma constituinte. Eles têm esse projeto e devem encaminhar ao Congresso", afirmou Dilma.

Diálogo e falta de água em SP

A presidente também concedeu entrevista à TV Bandeirantes nesta terça. Dilma afirmou que buscará o dialogo com opositores. "Acredito que toda eleição implica em uma divisão. Mas tem de pressupor que por trás dessa divisão tem um conjunto de posições, que as pessoas querem definir um futuro melhor para o país", disse Dilma.
A petista afirmou que não acredita que opositores "queiram um futuro pior para o Brasil". "Abertura para o diálogo é essencial. Inclui aqueles que foram oposição, adversários, durante o processo eleitoral", afirmou.
Sobre a falta de água em São Paulo, a presidente disse ainda que pode agir em parceria com o governo de São Paulo para a realização de obras de combate à falta de água no Estado, desde que a gestão tucana do governador Geraldo Alckmin (PSDB) tome a iniciativa. "Sabemos que há um diagnóstico sobre a situação da segurança hídrica de São Paulo. Investimentos que deveriam ter sido feitos e não foram", afirmou a petista.

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