De baixo para cima
JOÃO PAULO VERGUEIRO
Não sou investidor social, aquele que doa grandes somas ou mantém institutos e fundações, e também não sou empreendedor social, o que tem uma boa ideia e a viabiliza estruturando uma organização social. Sou mesmo é administrador - que faz uma iniciativa crescer e se consolidar. Essa é a minha contribuição para o #diadedoar e é por isso que me empolgo tanto, pois sei que minha contribuição direta na campanha vai ser fundamental para que o seu impacto seja transformador.
>> A doação como forma de engajamento
Vim de uma família de classe média, com pais professores. Ter pais professores significou para mim ter acesso a informação de qualidade mas, sem dúvida, o que mais contribuiu para minha formação foram os exemplos familiares. E eles não faltaram.
>> Marcelo Estraviz: "Doar vai muito além do que simplesmente ajudar ao próximo"
Como católicos, temos obrigação religiosa de contribuir com a sociedade, e vivenciei isso durante toda minha infância, indo a abrigos de crianças, participando de bazares, doando alimentos. Em rápida experiência no exterior, tive também a oportunidade de, pela escola, fazer caminhadas a outras ações em benefício de organizações da sociedade civil. De volta ao Brasil, estudando em colégio público no ensino médio, realizei inúmeras ações de voluntariado e fui um dos beneficiados do Projeto Aprendiz, ainda quando bem do seu início, um iniciativa que viria a se tornar referência em São Paulo nos anos posteriores.
Aí veio a faculdade, e agora as decisões eram minhas. Optei de forma deliberada a me envolver voluntariamente na sociedade, e ingressei no movimento estudantil. Cheguei a ser Presidente da FENEAD, a Federação Nacional dos Estudantes de Administração, promotora do Prêmio FENEAD, projeto que por vários anos promoveu o “empreendedorismo social” de jovens, bem antes dessa própria expressão tornar-se conhecida.
Hoje, sou Presidente da ABCR, a Associação Brasileira de Captadores de Recursos, instituição que reúne os profissionais que desenvolvem e implementam as estratégias de mobilização de recursos das organizações da sociedade civil - justamente a forma como elas alcançam sua sustentabilidade financeira.
Essa atuação é também voluntária, fui eleito e tenho um mandato, mas também profissionalmente optei por trabalhar no terceiro setor, área em que hoje é possível fazer carreira , ganhar salário justo e fazer aquilo que sei fazer melhor: gestão.
É por isso que o #diadedoar é uma campanha que me empolga tanto. Com tão pouco - uma boa ideia, muita boa vontade, a internet e muita gestão - estamos promovendo uma iniciativa que vai transformar o país.
E estamos fazendo isso de baixo para cima. Não começamos com grandes organizações nos apoiando, não tivemos patrocínio, e a única profissional remunerada da campanha é a assistente de comunicação da ABCR, cujo tempo de trabalho foi cedido pela Associação para garantir o mínimo de estrutura para o #diadedoar.
Ou seja, realizamos no #diadedoar exatamente o que promovemos: a doação.
João Paulo Vergueiro, Diretor Presidente da ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos, Gerente no IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e professor assistente na FECAP.
>> A doação como forma de engajamento
Vim de uma família de classe média, com pais professores. Ter pais professores significou para mim ter acesso a informação de qualidade mas, sem dúvida, o que mais contribuiu para minha formação foram os exemplos familiares. E eles não faltaram.
>> Marcelo Estraviz: "Doar vai muito além do que simplesmente ajudar ao próximo"
Como católicos, temos obrigação religiosa de contribuir com a sociedade, e vivenciei isso durante toda minha infância, indo a abrigos de crianças, participando de bazares, doando alimentos. Em rápida experiência no exterior, tive também a oportunidade de, pela escola, fazer caminhadas a outras ações em benefício de organizações da sociedade civil. De volta ao Brasil, estudando em colégio público no ensino médio, realizei inúmeras ações de voluntariado e fui um dos beneficiados do Projeto Aprendiz, ainda quando bem do seu início, um iniciativa que viria a se tornar referência em São Paulo nos anos posteriores.
Aí veio a faculdade, e agora as decisões eram minhas. Optei de forma deliberada a me envolver voluntariamente na sociedade, e ingressei no movimento estudantil. Cheguei a ser Presidente da FENEAD, a Federação Nacional dos Estudantes de Administração, promotora do Prêmio FENEAD, projeto que por vários anos promoveu o “empreendedorismo social” de jovens, bem antes dessa própria expressão tornar-se conhecida.
Hoje, sou Presidente da ABCR, a Associação Brasileira de Captadores de Recursos, instituição que reúne os profissionais que desenvolvem e implementam as estratégias de mobilização de recursos das organizações da sociedade civil - justamente a forma como elas alcançam sua sustentabilidade financeira.
Essa atuação é também voluntária, fui eleito e tenho um mandato, mas também profissionalmente optei por trabalhar no terceiro setor, área em que hoje é possível fazer carreira , ganhar salário justo e fazer aquilo que sei fazer melhor: gestão.
É por isso que o #diadedoar é uma campanha que me empolga tanto. Com tão pouco - uma boa ideia, muita boa vontade, a internet e muita gestão - estamos promovendo uma iniciativa que vai transformar o país.
E estamos fazendo isso de baixo para cima. Não começamos com grandes organizações nos apoiando, não tivemos patrocínio, e a única profissional remunerada da campanha é a assistente de comunicação da ABCR, cujo tempo de trabalho foi cedido pela Associação para garantir o mínimo de estrutura para o #diadedoar.
Ou seja, realizamos no #diadedoar exatamente o que promovemos: a doação.
João Paulo Vergueiro, Diretor Presidente da ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos, Gerente no IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e professor assistente na FECAP.
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