Fernanda Lima, à frente do 'Amor & sexo',
fala da falta de tempo com Rodrigo Hilbert:
'Não consigo fazer sexo quando quero'
Leblon, uma quarta-feira de novembro. O sol forte dá indícios de que falta pouco para a estação mais quente do ano chegar. É nesse cenário que Fernanda Lima surge, pedalando em sua bicicleta, para conversar com a Canal Extra. Toda suada, sem maquiagem e espetacularmente... linda! Em uma lanchonete, ela senta e tenta retomar o fôlego de quem tem corrido contra o tempo.
— Estou exausta para ser sincera. Foram tantas coisas neste ano. Mas não posso me queixar. Não tenho preguiça de trabalhar. Posso dizer que esse ano foi definitivo na minha vida, tive muitas conquistas. Coisas que tenho plantado desde a época em que fazia o “Interligado” (1999), na Rede TV! — resume a apresentadora, enquanto pede um suco de laranja com açaí para “recuperar as energias”.
A rotina puxada de trabalho também tem repercutido na vida íntima da estrela de 37 anos. Quem vê Fernanda falando de sexo abertamente na televisão deve pensar que suas noites com o marido, o apresentador Rodrigo Hilbert, de 34, pegam fogo. Mas nos últimos tempos, revela ela, a história não é bem assim.
— A minha vida sexual perdeu a rotina porque não consigo mais fazer (sexo) quando eu quero. Não tenho mais tempo. É verdade! Estou trabalhando todos os dias até às 11h da noite. O Rodrigo já está de saco cheio e vive perguntando quando é que vai acabar. Só isso mudou com o “Amor & sexo’’. De resto continua tudo igual — conta a beldade, às gargalhadas.
O marido bonitão, no entanto, jura que entende o momento complicado por que sua mulher está passando.
— Ela é muito parceira. Está vivendo essa fase, mas, como admirador, estou segurando as pontas com o maior prazer. A gente está sempre junto, mesmo quando não estamos fisicamente. Ela trabalha todos os dias e chega muito cansada em casa. Aí, eu a recebo com uma massagem nos pés e um jantarzinho. Ela é uma mulher incrível — derrete-se Hilbert, que abre exceção de dormir cedo às quintas-feiras para ver a mulher na TV.
Desde 2009 à frente do “Amor & sexo”, a gaúcha diz que está mais do que familiarizada com os temas que aborda na atração. Vergonha? Nenhuma! No palco do programa vale tudo. E ela garante que não conta nada do que fala ou faz na gravação para o marido.
— É tudo surpresa! Quando piso no palco é como se alguma coisa se acrescentasse a minha pessoa e isso contribuísse para formar aquele circo. Parece que ali tudo é possível e passível de ser falado. Mas o Rodrigo entende perfeitamente — explica ela, que afirma que o maridão nunca ficou chateado com algo que ela tenha dito na atração: — Não mesmo! Aliás, eu nem sei como (risos).
Falar que 2014 está sendo marcante para Fernanda não é exagero. Ela começou o ano sendo foco da imprensa internacional ao apresentar a cerimônia de entrega do Troféu Bola de Ouro da Fifa. Em seguida, esteve no comando do “SuperStar” e, agora, brilha na oitava temporada de “Amor & sexo”, que é sucesso de público e crítica, e lhe garantiu o troféu de Melhor Apresentadora no Prêmio Extra de Televisão, quebrando a hegemonia de oito anos de Luciano Huck.
— Acho que o programa ter caído no gosto popular tem muito a ver com o fato de eu e o Antonio (Amâncio, amigo e empresário) estarmos escrevendo o roteiro. Isso tornou o processo muito pessoal. Quebramos a cabeça pensando no que as pessoas vão gostar de ver e ouvir — afirma a estrela, que faz questão de compartilhar os louros com os seus companheiros na atração: — O sucesso se deve também ao fato de termos pessoas muito interessantes naquela bancada. É um grupo muito coeso e espirituoso.
A atriz e jurada Mariana Santos concorda com a apresentadora, mas defende que sem Fernanda, a atração não seria a mesma.
— Ela agregou todas aquelas pessoas e nos deixa à vontade. É por isso que tudo flui. A Fernanda sabe escutar cada um que está ali. E isso não é fácil. Sem falar que nos divertimos muito no camarim. Se gravassem os bastidores, daria para fazer outro programa — conta Mariana, de 38 anos.
A repercussão da atração não se limite às ruas. Parentes e amigos fazem questão de falar sobre o trabalho executado pela loura, inclusive seus pais, que são telespectadores assíduos, e já estiveram no palco do palco.
— O meu pai ama. A minha mãe é bem tímida e, aos poucos, foi assistindo também. As amigas dela me enviam mensagem pelo WhatsApp comentando. É engraçado. A minha sogra diz que os vizinhos adoram. Mas a minha família também vê o outro lado, nem tudo é bom. Fico mal durante o processo. Às vezes, não tenho assunto para escrever o roteiro — diz.
O advogado Cleomar Pereira Lima, de 78 anos, pai da estrela, mostra-se orgulhoso pela trajetória da filha:
— Ela não se tornou apenas uma apresentadora, mas uma ótima atriz. Ela canta, dança, faz tudo com muita personalidade. Aqui em Porto Alegre, todos estão gostando. E olha que é um assunto que os pais têm vergonha de abordar com os filhos. Ela teve uma criação para não ter preconceitos e encara tudo com naturalidade.
Já a mãe, a professora aposentada Maria Tereza, de 72 anos, ainda se surpreende com a performance da caçula:
— Ela sempre foi encabulada, introvertida. Surpreendeu a todos nós. Quando surgiu o programa, eu fiquei apavorada e perguntei: “Tu falando de sexo?”. Mas ela faz de uma forma que não fica chulo. Ela pode falar a maior barbaridade que não choca ninguém.
O reconhecimento profissional tem um preço alto. Além de dar conta de todos os compromissos relacionados ao trabalho, Fernanda precisa encontrar tempo para os filhos, os gêmeos João e Francisco, de 6 anos.
— No fim, a gente dá um jeito, né? É assim com todo brasileiro que trabalha muito. Nesse último mês, em que fiquei bem cansada, eu cortei todas as minhas atividades particulares, como a ginástica e o pilates. Fiz isso para aproveitar o tempo da manhã e ficar com as crianças — diz a loura, que conta que os pequenos estavam apresentando um comportamento diferente por causa de sua ausência: — Quando você vê, um está mais rebelde, outro mais desaforado, deixam de obedecer. Tive que sentar com eles para entender o que estava acontecendo. Perguntei: “Vocês estão sentindo falta da mamãe? Está difícil?”. E eles responderam: “Sim, mamãe. Está muito difícil”. Eu disse: “O papai também está meio assim... Mas é um período’’.
Fernanda diz que ela e Hilbert são rígidos em relação à criação dos herdeiros. As refeições da família, por exemplo, são feitas sempre à mesa, com todos juntos.
— Criança dá um trabalhão. Por eles, comiam balinha antes do almoço e do jantar. Não mesmo! E nada de comer vendo desenho. Prezamos por esse momento reunidos à mesa na hora das refeições. Fico ligada nos horários também. Eles não dormem depois das dez, porque eu já acho tarde.
O assunto sexo já é uma preocupação na casa da família. A mãezona faz questão de estabelecer um diálogo aberto com os pequenos:
— A gente vai falando aos pouquinhos. As crianças de hoje em dia são muito levadinhas. Tem muito acesso às informações. Os meus já têm suas questões sobre o tema. Mas o que eu trabalho mesmo com eles é o lado da proteção, do assédio. Eu penso: “Como pode um adulto fazer algo com uma criança. Que monstro é capaz disso?”. Eu falo para os dois que eles não podem deixar ninguém tocá-los, que se pedirem para eles ficarem pelados, não pode. Falo que, qualquer coisa de diferente que aconteça, eles precisam contar para a mãe e o pai. Meu medo é que eles não saibam se defender.
Tirando essa preocupação, ela se diverte com as atitudes dos meninos.
— Eles já vivem algumas paixonites. Não me oponho. Eles falam: “Mãe, eu quero beijar na boca”. O que digo é que, entre crianças, tudo pode. A curiosidade faz parte. No outro dia, um deles falou: “Mãe, o João vai beijar hoje na escola”. E imitou um beijo de língua. O Rodrigo perguntou onde ele tinha visto aquilo. Ué, na própria casa, né! (risos)?. A gente se beija. Isso não é vergonha nenhuma. A gente sabe que a educação que recebemos sempre será mais conservadora do que a que vamos dar para nossos filhos — diz.
Mesmo com a agenda concorrida, Fernanda não descuida do relacionamento de quase dez anos com Rodrigo Hilbert. Para ela, uma vida a dois vai além da questão sexual.
— Com tantas coisas para fazer, quando você vê, já perdeu a pessoa. É preciso estar ligado, sintonizado, caso contrário, cada um segue um caminho. Isso é comum. Eu e Rodrigo combinamos de almoçar juntos, de lanchar... Quando chego do trabalho, tomamos banho e deitamos juntos. A gente não dorme brigado. Aprendi isso com ele. Não guardar rancorzinho bobo. O casal tem muito mais do que a vida sexual para cuidar, é praticamente uma empresa. Não é fácil administrar um casamento. Mas eu o amo muito e tenho o maior tesão por ele... Como não ter, né? — brinca a estrela, que garante não ter ciúme do marido gato: — Não dá para ficar presa a valores tão pequenos. O Rodrigo é um cara legal e lindo. É claro que as mulheres vão olhar para ele. E ele não está proibido de olhar para uma mulher bonita. O que importa é que estamos felizes.
Com as férias marcadas para o próximo dia 12, a apresentadora só pensa em descansar. Entre os planos, está uma viagem romântica com o marido.
— Quero viajar pelo Brasil e pelo exterior. Quero dormir bastante também. Pretendo deixar as crianças com a minha mãe e fazer uma viagem só com o Rodrigo. Vai ser bom. Depois, ele volta a gravar o “Tempero de Família” (no GNT) e aí eu fico com os meninos. Estamos sempre nos revezando.
Dona de uma família que poderia fazer parte de um comercial de margarina, ela não teme o olho gordo alheio.
— Se eu tivesse (medo de inveja), estaria no sanatório. Quando a gente vibra positividade, acaba emanando coisas boas. Quem tem segurança não tem medo de perder — avalia a musa.
Com a vida profissional e afetiva realizada, Fernanda sabe que é privilegiada. Problemas? Ela diz não ter.
— Problema para mim é algo relacionado à saúde, às questões financeiras e morte. Pensando assim, eu não tenho. Sou realizada com a família que construi. Tenho uma vida muito legal. Se ela é perfeita, depende da subjetividade de cada um, mas para mim, a minha vida é perfeita.
Leia mais: http://extra.globo.com/tv-e-lazer/fernanda-lima-frente-do-amor-sexo-fala-da-falta-de-tempo-com-rodrigo-hilbert-nao-consigo-fazer-sexo-quando-quero-14692317.html#ixzz3KZriCqOQ
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