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28 de fevereiro de 2015

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Depois de 62 anos, Coreia do Sul derruba lei sobre crime de adultério

Dois juízes da Corte opinaram que a extinção da lei pode gerar “uma desordem na moral sexual” do país. Ações de empresa de camisinha sobem

REDAÇÃO ÉPOCA


Park Han-chul, president of South Korea's Constitutional Court (Foto: (AP Photo/Lee Jin-man))
A Coreia do Sul derrubou nesta quinta-feira (26) uma lei criada há 62 anos que caracterizava o adultério como crime. Pela lei, os acusados por infidelidade podiam cumprir pena de até dois anos de reclusão.

Segundo o jornal New York Times, cinco dos nove juízes da Corte consideraram pertinente assumir a importância do desejo das pessoas sobre continuar ou não um casamento, sem que a decisão fosse influenciada por pressões da justiça.

A maioria também concordou que a criação da lei foi feita no contexto de uma sociedade machista e que em um momento de avanço da defesa dos direitos individuais, não há motivo para manter o texto na Constituição.

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Dois juízes da Corte opinaram que a extinção da lei pode gerar “uma desordem na moral sexual”, encorajando casos extraconjugais. Desde 1985, quando os processos começaram a ser contabilizados, 53 mil sul-coreanos foram indiciados por crime de adultério.

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Ainda nesta quinta-feira, as ações de uma marca de camisinha, a Unidus, subiram 15% e uma empresa que comercializa pílulas do dia seguinte, a Hyundai Pharmaceutical, registrou alta de 9,7% em suas ações. Analistas financeiros atribuem o aumento à mudança na legislação.

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