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2 de abril de 2015

Bancada do PSDB deve solicitar audiência pública sobre riscos de anticoncepcionais

Reportagem de ÉPOCA contou histórias de mulheres que tiveram graves complicações de saúde após usar pílulas hormonais

CRISTIANE SEGATTO


A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci (3ª, da esq. para a dir.), e deputadas, entre elas, Mara Gabrilli (4ª da esq. para a dir.) (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)
A bancada do PSDB na Câmara dos Deputados deve solicitar, na próxima semana, a realização de uma audiência pública para debater os riscos dos anticoncepcionais hormonais, tema da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana. Se a proposta for aprovada, o debate pode ocorrer em algumas semanas. A iniciativa é da deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP). Na terça-feira (31), ela se reuniu com 13 deputadas para discutir temas de interesse social relativos às mulheres.
Capa da edição 877 de Época, sobre os riscos dos anticoncepcionais hormonais (Foto: ÉPOCA)
Antes da reunião, Mara mostrou a capa da revista à ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, e pediu o apoio dela nessa discussão. A ministra pediu à deputada que envie um documento formal à Secretaria e se comprometeu a participar da audiência pública. "Esse é um tema que diz respeito à saúde de todas as brasileiras e, por isso, precisa ser debatido por toda a sociedade”, diz Mara. “É um tema suprapartidário, por isso estou buscando o apoio das ministras do governo federal e de deputadas de todos os partidos.”
A deputada foi procurada no final do ano pelo grupo Vítimas de Anticoncepcionais – Unidas a Favor da Vida, uma comunidade virtual formada por mulheres que sofreram graves efeitos adversos (como trombose venosa profunda, embolia pulmonar e trombose cerebral) depois de usar contraceptivos orais. O grupo reivindica a notificação compulsória das reações graves por parte dos médicos, a correta informação sobre os riscos dos medicamentos às pacientes e a realização de exames que detectam uma condição genética (chamada de trombofilia) que aumenta o risco de trombose em mulheres que usam hormônios.
Mara encaminhou oficialmente questões levantadas pelo grupo ao Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em janeiro, ela recebeu as respostas dos dois órgãos e considerou-as “evasivas”. Há duas semanas, as pacientes protocolaram uma proposta de legislação no portal e-Cidadania, do Senado, para tornar obrigatória a notificação dos casos graves pelos médicos. A proposta será discutida se receber 20 mil assinaturas virtuais até julho.

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