Ao Vivo

1 de abril de 2015

Empresas em que filho de Duque trabalhou levaram R$ 5,2 bilhões em contratos com a Petrobras

MARCELO SPERANDIO
A POLÍCIA EM AÇÃO O ex-diretor Renato Duque, homem de José Dirceu na Petrobras. Ele foi solto na semana passada – e, espera-se, ainda tem muito  a contribuir com  a investigação  (Foto: Geraldo Bubniak/Agb/Estadão Conteúdo)
O economista Daniel Duque entrou no alvo da CPI da Petrobras. Daniel é filho do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, preso sob acusação de participar do petrolão. Levantamento da CPI descobriu que, entre 2006 e 2014, a Petrobras assinou contratos no valor total de R$ 1,2 bilhão com as multinacionais Chemtec, Cipher e Technip. Todos sem licitação. Esse valor só se refere aos 42 contratos assinados nos intervalos em que Daniel Duque trabalhou nessas multinacionais: Chemtec (de janeiro de 2006 a maio de 2007), Cipher (de junho de 2007 a junho de 2011) e Technip (de julho de 2011 a abril de 2014). Além disso, em agosto de 2013,quando Daniel Duque era gerente da Technip, a empresa anunciou que fora escolhida pela Petrobras para executar um contrato de R$ 4 bilhões. A CPI questionará: Daniel Duque participou das equipes das multinacionais que trabalharam nas aquisições desses contratos bilionários com a Petrobras? Daniel Duque integrou os quadros dessas esmpresas por influência política ou por mérito profissional? Em depoimento à CPI, Renato Duque disse que, na época, a Petrobras foi consultada e não viu impedimento em seu filho trabalhar para fornecedores da estatal. Procurada por esta coluna, a Petrobras não se manifestou sobre o assunto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário