Primeira mulher é nomeada à frente de um tribunal federal islâmico
AFP - Agence France-Presse
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O presidente dos tribunais islâmicos federais do Paquistão, Agha Rafiq Ahmed (d), acompanha o juramento de Ashraf Jehan, que se tornou a primeira mulher nomeada magistrada em um tribunal federal islâmico. Foto: AFP/STR |
Pela
primeira vez na história do Paquistão, uma mulher foi nomeada nesta
segunda-feira magistrada em um tribunal federal islâmico, uma
instituição cujo papel é velar para que todas as leis deste país
muçulmano com mais de 180 milhões de pessoas sejam de acordo com a
sharia.
Ashraf Jehan, de 56 anos, juíza da Alta
Corte da província de Sind (sul), prestou juramento nesta segunda-feira
ante a corte federal para a sharia, um tribunal criado em 1980 pelo
ditador Zia ul-Haq, com o objetivo de islamizar as instituições do
Paquistão, segundo país muçulmano mais povoado depois da Indonésia.
"Hoje
foi um juramento histórico, já que uma juíza se uniu às fileiras da
corte islâmica", declarou à AFP Agha Rafiq Ahmed, o presidente dos
tribunais islâmicos federais do país.
"Nada na
Constituição proíbe que uma mulher esteja à frente de um tribunal
islâmico e não fazemos qualquer discriminação entre homens e mulheres",
declarou o dirigente.
"Tomei esta iniciativa
pensando que assim será enviada uma mensagem ao resto do mundo de que
somos pessoas inteligentes e também para dissipar falsas ideias sobre o
Paquistão e a religião muçulmana", acrescentou.
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