Defesa do goleiro Bruno tenta transferência do jogador para outra prisão de MG
Rayder Bragon
Do UOL, em Belo Horizonte
Do UOL, em Belo Horizonte
De acordo com o advogado Francisco Simim, o pedido foi feito em novembro do ano passado. A mulher de Bruno, a dentista carioca Ingrid Calheiros, alugou um imóvel na cidade e, segundo o advogado, planeja se mudar para lá com intuito de facilitar a transferência do jogador.
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), foi enviado um ofício ao juiz da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Nova Lima.
O magistrado, por sua vez, enviou a questão para a análise do Ministério Público, que ainda não se pronunciou sobre o caso.
Em razão de ter feito ameaças a dois presos e a um agente penitenciário dentro da Nelson Hungria, em abril do ano passado, o goleiro foi penalizado com o adiamento da data da progressão de pena, do regime fechado para o semiaberto, de janeiro para agosto de 2020.
Ele ainda teve cortado um terço dos dias trabalhados na prisão -- a cada três dias, o detento tem direito de reduzir um na pena, segundo a legislação brasileira.
A decisão foi tomada em setembro do ano passado pelo juiz da Vara de Execuções Criminais de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Assim, o goleiro não poderá usar os dias cortados para a redução de sua pena.
O advogado do jogador, entretanto, afirmou que essa questão não influenciaria na transferência de Bruno para uma outra unidade prisional.
"A gente está trabalhando em cima disso. Estão falando que ele até vai jogar no Vila [Nova, um time de futebol da cidade de Nova Lima], mas não tem nada disso", afirmou o advogado, que disse vislumbrar na APAC um ambiente "mais propicío" para o goleiro.
Segundo governo de Minas Gerais, "o objetivo da APAC é promover a humanização das prisões, sem perder de vista a finalidade punitiva da pena. Seu propósito é evitar a reincidência no crime e oferecer alternativas para o condenado se recuperar".
Nesses locais, os 'recuperandos", nome que se dá aos presos, têm oportunidade de se profissionalizar e ainda contam com ajuda espiritual, médica, psicológica e jurídica.
Uma exigência para que o preso cumpra pena nesses locais é a comprovação de que parentes dele moram na região onde está instalada a unidade. A segurança dos locais é feita com a cooperação dos próprios detentos das unidades prisionais, sem a presença de policiais e agentes penitenciários.
O projeto conta com respaldo do TJ-MG.
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