Homem morre em Belo Horizonte com suspeita de doença da vaca louca
Suzana Inhesta
Estadão Conteúdo, em São Paulo
Estadão Conteúdo, em São Paulo
A Secretaria de Saúde de Belo Horizonte, também por meio de nota, informou que uma amostra para a pesquisa sobre a proteína que causa a doença foi enviada para laboratórios especializados no Rio de Janeiro e em São Paulo para depois ser levada para exames mais completos em laboratórios no exterior. Não há um prazo para os resultados dos exames ficarem prontos.
A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) divulgou comunicado no qual afirma que não existe diagnóstico confirmando a causa mortis do paciente. "A DCJ não é transmitida pelo consumo de carne bovina contaminada; ela pode ser de origem genética ou transmitida por contaminação cirúrgica e não existe qualquer possibilidade da DCJ ter sido causada por um problema de saúde animal no rebanho brasileiro", afirmou a Abiec.
A associação reforçou que no Brasil o risco para a Encefalopatia Espongiforme Bovina é "insignificante", como atestou a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). Procurado, o Ministério da Agricultura ainda não se pronunciou.
"Em casos suspeitos utiliza-se para confirmação da doença a pesquisa da Proteína 14.3.3 em liquor e/ou a biópsia de tecido cerebral, que é um procedimento invasivo e realizado após o óbito", explicou o hospital em nota. O caso foi notificado à Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, às demais secretarias do Estado e ao Ministério da Saúde.
A Secretaria de Saúde, por sua vez, esclareceu que a DCJ é causada por "príons", que são alterações de proteínas normais presentes no corpo. O acúmulo de proteínas alteradas leva à degeneração das células nervosas, tornando o tecido cerebral de aspecto esponjoso. Há ainda a variante da DCJ, a v-DCJ ou evento priônico, que, em bovinos, é denominada "doença da vaca louca" e que se transmite com o consumo de carne de bovinos contaminados.
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