Diante de acusações, Mysheva Martins prefere manter o silêncio
“As informações dele a respeito de Mysheva são inverídicas. Se ele sabe de tantas coisas, porque não procura a polícia e apresenta a versão dele”, desafia Augusto Branco. No vídeo divulgado na última terça-feira, o fazendeiro diz não ter dúvidas de que Mysheva mandou matar o noivo. Para a polícia, até o momento, ele é o suspeito de ter encomendado a execução e permanece foragido.
Mais de três meses após o assassinato do promotor de Justiça, a polícia ainda não concluiu as investigações. O crime aconteceu no dia 14 de outubro do ano passado, na PE-300 em Águas Belas, no Agreste do estado. Uma das peças que faltam para montar o quebra-cabeça desse enredo é o laudo pericial da reconstituição da morte de Thiago Faria, feita em 23 de dezembro passado. Até a segunda quinzena de fevereiro, o Instituto de Criminalística (IC) entregará esse resultado aos investigadores.
O documento terá informações precisas sobre a posição do carro onde estavam o promotor, Mysheva Martins, e o tio dela. Fontes do Diario revelaram que a possibilidade de os tiros terem sido disparados quando o veículo estava parado é grande. “Zé Maria está querendo se beneficiar no futuro com a divulgação dessas informações inventadas. Ele quer tumultuar o processo e dividir a opinião pública para escapar de uma condenação”, aponta Branco.
Outra peça esperada pela polícia é o resultado de um exame de balística, que também está sendo elaborado pelo (IC), para tentar descobrir se existe ligação entre o assassinato do promotor Thiago Faria e a morte da esposa de um primo de Mysheva Martins, ocorrida no dia 10 de dezembro de 2013, em Itaíba. Os investigadores querem saber se o tipo de munição e a arma usada nas duas execuções são os mesmos. Lúcia de Fátima Gomes e Silva morreu com tiros de espingarda 12, o marido dela ficou ferido e os assassinos foram identificados.
Caso o exame seja compatível, a polícia pode ter a identidade dos executores de Thiago. A possibilidade de ligação entre os crimes surgiu pelo modo da execução, que foram semelhantes. O exame de balística ainda não tem data para ficar pronto. Os delegados Alfredo Jorge e Josineide Confessor voltarão a Águas Belas antes da conclusão do inquérito para colher novos depoimentos.
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