Sérgio Xavier surge como opção para o Senado
Nome do secretário, que conta com simpatia da Rede, fortaleceu-se em virtude da indecisão de Jarbas Vasconcelos
Aline Moura - Diario de Pernambuco
A
Rede deve engrossar um pouco mais o caldo da sucessão estadual no
próximo final de semana. O receio do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB)
em aceitar o convite do governador Eduardo Campos (PSB) para concorrer à
reeleição abriu espaço para o surgimento de outro nome no cenário, o do
secretário de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, filiado ao PV. No sábado,
representantes da sigla da ex-senadora Marina Silva vão se encontrar
para debater estratégias eleitorais para 2014 e um dos pontos a ser
discutido será o nome de Xavier como opção para o Senado. Argumentos não
faltam à Rede para sustentar o nome do secretário, que tem ligação
umbilical com o PV de Pernambuco. Os marineiros, contudo, só vão se
aprofundar no assunto após o dia 4 de fevereiro, quando Eduardo e Marina
vão lançar as diretrizes do programa de governo em Brasília.
Sérgio Xavier não foi localizado pela reportagem para falar sobre o assunto. Mas o nome dele vem sendo defendido especialmente pelo presidente do PV estadual, Carlos Augusto, e por lideranças nacionais próximas a Marina, que pediram reserva. Todos sustentam que a aliança entre a Rede e o PSB praticamente começou por Pernambuco, por meio de conversas entre Xavier e Marina Silva. Os dois são muito próximos desde a campanha de 2010, considerando que, naquela época, Marina saiu como presidenciável e Sérgio Xavier concorreu ao governo do estado contra o próprio Eduardo Campos. Pouco depois, o PV se aliou ao governador e Xavier foi chamado para ser secretário. O papel dele na aproximação entre Eduardo e Marina Silva foi admitido pela ex-senadora, quando ela esteve em Pernambuco em outubro do ano passado.
O debate sobre o nome de Sérgio surgiu um dia depois de Marina dizer a alguns jornalistas que aceitaria ser vice de Eduardo. O titular da pasta de Meio Ambiente, nesse caso, estaria sendo trabalhado para o Senado num quadro onde Jarbas não será candidato à reeleição e o deputado federal Raul Henry, do PMDB, estará como vice na chapa majoritária encabeçada pelo PSB. É importante ressaltar que o PMDB delegou a Jarbas o papel de articulador junto a Eduardo, os dois já conversaram sobre o assunto de forma sutil e o senador estaria repensando a possibilidade de concorrer ao Senado.
Eduardo não botou nenhum obstáculo à reeleição de Jarbas, mas deu acesso a ele sobre as pesquisas de opinião que o PSB realizou neste mês. Nelas, Jarbas aparece como favorito ao Senado, com cerca de 35% a 40%, inclusive acima do ex-prefeito João Paulo (PT). Mas ele não tem certeza de que terá afinidade o suficiente com o nome a ser escolhido por Eduardo para disputar o governo. Se for um nome dos quadros mais técnicos do PSB, por exemplo, Jarbas não se sentiria à vontade, nem se encaixaria no discurso do “novo” pregado por Eduardo.
Aline Moura - Diario de Pernambuco
Sérgio foi quem aproximou Marina Silva do governador Eduardo Campos foto: Nando Chiappetta/DP/D.A PRESS |
Sérgio Xavier não foi localizado pela reportagem para falar sobre o assunto. Mas o nome dele vem sendo defendido especialmente pelo presidente do PV estadual, Carlos Augusto, e por lideranças nacionais próximas a Marina, que pediram reserva. Todos sustentam que a aliança entre a Rede e o PSB praticamente começou por Pernambuco, por meio de conversas entre Xavier e Marina Silva. Os dois são muito próximos desde a campanha de 2010, considerando que, naquela época, Marina saiu como presidenciável e Sérgio Xavier concorreu ao governo do estado contra o próprio Eduardo Campos. Pouco depois, o PV se aliou ao governador e Xavier foi chamado para ser secretário. O papel dele na aproximação entre Eduardo e Marina Silva foi admitido pela ex-senadora, quando ela esteve em Pernambuco em outubro do ano passado.
O debate sobre o nome de Sérgio surgiu um dia depois de Marina dizer a alguns jornalistas que aceitaria ser vice de Eduardo. O titular da pasta de Meio Ambiente, nesse caso, estaria sendo trabalhado para o Senado num quadro onde Jarbas não será candidato à reeleição e o deputado federal Raul Henry, do PMDB, estará como vice na chapa majoritária encabeçada pelo PSB. É importante ressaltar que o PMDB delegou a Jarbas o papel de articulador junto a Eduardo, os dois já conversaram sobre o assunto de forma sutil e o senador estaria repensando a possibilidade de concorrer ao Senado.
Eduardo não botou nenhum obstáculo à reeleição de Jarbas, mas deu acesso a ele sobre as pesquisas de opinião que o PSB realizou neste mês. Nelas, Jarbas aparece como favorito ao Senado, com cerca de 35% a 40%, inclusive acima do ex-prefeito João Paulo (PT). Mas ele não tem certeza de que terá afinidade o suficiente com o nome a ser escolhido por Eduardo para disputar o governo. Se for um nome dos quadros mais técnicos do PSB, por exemplo, Jarbas não se sentiria à vontade, nem se encaixaria no discurso do “novo” pregado por Eduardo.
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