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31 de agosto de 2014

Aécio, Dilma, Lula... todo mundo criticando a "nova política"

E mais notícias da campanha eleitoral nesta sexta-feira (29)

REDAÇÃO ÉPOCA
Aécio Neves (PSDB) e Geraldo Alckmin (PSDB) se divertem no metrô Vila Prudente, em São Paulo (Foto:  Marcos Fernandes/Divulgação)
1. Aécio, Dilma, Lula, Temer... todos em coro contra a "nova política"
Os adversários de Marina Silva (PSB) já começaram a atacar a candidata, que está em segundo nas pesquisas. Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB), o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o ex-presidente Lula (PT) questionaram a tese de "nova política" proposta por Marina.
Aécio, que criticou o conceito durante debate na última terça, voltou a questionar Marina, de acordo com o portal G1. Segundo o tucano, Marina precisa escolher "qual direção seguir" em sua campanha. "Alguns assessores da campanha dela querem governar com o Lula, e outros com o Fernando Henrique. Ela precisa escolher qual direção seguir”, disse.
Já o PT resolveu atacar com força total. A ofensiva começou com Dilma que, segundo o Estadão, sugeriu que o conceito de "nova política" é simplista. Depois, o vice na chapa de Dilma, Michel Temer, disse que a ideia de um governo "com pessoas e não com instituições" é perigosa, em uma referência a uma fala de Marina. Por fim, até o ex-presidente Lula entrou no ataque. "É impossível governar fora da política, pois quem foi eleito presidente tem que conversar com o Congresso. Não está na hora de negar a política", disse Lula, mas sem citar Marina.
A candidata do PSB respondeu às críticas - mas também sem mencionar nomes, segundo o Estadão. Marina defendeu o "direito de sonhar". "Ou apostamos no sonho, ou vamos continuar nas mãos dos profissionais, dos que fazem as escolhas incorretas", disse.
2. Aécio culpa governo do PT pela recessão técnica
Os números da economia divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE não são nada positivos: pior do que um "pibinho", o Brasil está em uma recessão técnica. O candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, não demorou para colocar o assunto na pauta eleitoral. "Hoje é um dia muito triste para o Brasil. Pelo segundo trimestre consecutivo temos um PIB negativo. Na verdade, o governo do PT terminou antes da hora", disse o tucano, segundo O Globo.
As propostas de Aécio para a economia, no entanto, também não empolgam. O economista Mansueto Almeida, que atua na campanha do PSDB, disse que a reforma tributária proposta pelos tucanos será incapaz de reduzir a carga de impostos brasileiros, segundo o iG. Além disso, um levantamento feito pelo O Estado de S. Paulo mostra que os cortes propostos para Aécio em cargos comissionados teria impacto mínino - uma redução de apenas 0,4% dos gastos públicos.
3. Marina tenta se aproximar de ruralistas
Marina Silva não tem um histórico muito amigável com os representantes do setor do agronegócio. Sua atuação como ambientalista e ministra do Meio Ambiente a colocou várias vezes em posição oposta aos ruralistas. Agora, candidata a presidente, ela precisa do apoio do setor. Marina visitou na quinta a Fenasucro, uma das maiores feiras do setor de cana-de-açúcar do mundo, que acontece no interior de São Paulo. Segundo o iG, ela defendeu o etanol e o setor. Já nesta sexta, Marina apresentou seu programa de governo - com um grande leque de propostas para o setor do agronegócio.
4. "É como entrar no táxi e perguntar se é roubado"
Beto Albuquerque, candidato a vice-presidente pelo PSB na chapa de Marina Silva, voltou a defender o partido sobre as denúncias de irregularidades do avião usado por Eduardo Campos. Albuquerque disse que o PSB não é responsável pelo avião, e sim os donos da aeronave. Segundo o G1, ele ironizou ao ser questionado sobre o assunto. "É a mesma coisa que entrar em um táxi e perguntar para o motorista se o carro é roubado ou não".
5. Montagem "tosca e fraudulenta" foi feita por um tucano
O PT pediu para o Google retirar do ar um vídeo que mostra o presidente Lula pedindo votos para Marina Silva. O vídeo original foi gravado com Lula pedindo votos para Marina Santana, candidata do PT ao Senado por Goiás. O vídeo foi editado para parcer que, na verdade, a Marina em questão era a candidata do PSB. Segundo a Folha, o PT vai entrar na Justiça Eleitoral por propaganda irregular e pedir uma investigação para saber se houve a prática de falsidade ideológica. O PSB, por sua vez, nega a autoria do vídeo. Em nota, a coligação de Marina Silva disse que o vídeo é "tosco e fraudulento", e que apoia a investigação do caso. Na verdade, não foi um membro do PSB que fez o vídeo. Leandro Nascimento, um blogueiro filiado ao PSDB, admitiu ser o autor do vídeo, mas disse para a Folha que sua intenção era apenas humorística. Claro.
6. Everaldo promete acabar com o "Ministério da Enrolação"
No debate dos candidatos a presidente, Dilma Roussef desafiou seus adversários a nomear os ministérios que pretendem extinguir. Nesta sexta-feira, pastor Everaldo (PSC) nomeou algumas das dezenove pastas que ele quer acabar. Em entrevista ao G1, Everaldo disse que vai acabar com o ministério dos Portos, da Aviação Civil e da "enrolação institucional", se referindo à Secretaria de Relações Internacionais. "É um ministério que nunca resolveu nada. Sempre depende de outro, da Casa Civil, para resolver. Só enrola, enrola, enrola. Esse é de imediato [alvo do corte ministerial]", disse.
7. Alckmin não atacará mais Maluf e Kassab
A campanha do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu tirar do ar as peças de propaganda que atacavam os ex-prefeitos Gilberto Kassab e Paulo Maluf. A propaganda usava os ex-prefeitos para atacar Paulo Skaf (PMDB), que está em segundo nas pesquisas para o governo paulista. "Skaf esconde, mas ele está com Kassab, com Maluf, e esconde até o Fleury, aquele governador que quebrou São Paulo. Skaf: um novo caminho ou um novo problema", diz a propaganda. Segundo a Folha, Alckmin reprovou a peça, já que o tucano já foi aliado de Kassab e, até o começo do ano, tentava fechar uma aliança com o PSD.
8. Um debate, quatro direitos de resposta
O primeiro debate de candidatos ao governo do Paraná foi tenso. Em duas horas de programa, foram quatro pedidos de direito de resposta atendidos - e um deles, um direito de resposta ao direito de resposta. Segundo a Folha, foram acusações e mais acusações sobre suspeita de crimes, assessores processados na Justiça, uso de laranjas, benefícios duvidosos e estelionato eleitoral. Houve até mesmo acusação de candidatos serem "preguiçosos". Segundo as pesquisas, a disputa está tecnicamente empatada no Paraná. o atual governador Beto Richa (PSDB) e o senador Roberto Requião (PMDB) lideram. Gleisi Hoffmann (PT) está em terceiro.
9. Debandada em Minas
A vida não está fácil para Aécio Neves. Além de ser ultrapassado por Marina na corrida eleitoral, ele agora precisa enfrentar uma crise em seu Estado, Minas Gerais. O PR, que em Minas era aliado do PSDB e apoiava Pimenta da Veiga, liberou seus candidatos a subirem em palanques do candidato do PT, Fernando Pimentel (PT). Segundo o Estadão, 18 prefeitos do PR migraram da esfera dos tucanos para a dos petistas.
10. Pesquisa falsa e mais insultos na campanha do Ceará
O nível da disputa eleitoral no Ceará continua caindo. Após o TRE proibir os irmãos Ciro e Cid Gomes (Pros) de xingar o senador Eunício Oliveira, candidato do PMDB ao governo do Estado, uma nova denúncia surgiu nesta sexta: uma pesquisa falsa. Segundo o jornal O Globo, aliados do governador Cid Gomes foram acusados de inventar uma pesquisa que infla a intenção de votos do candidato do governo, Camilo Santana (PT). Pelo Datafolha, Camilo tem 19% das intenções de voto. Na pesquisa falsa, ele aparece com 27%. Eunício disse que pode entrar na Justiça contra a pesquisa falsa, que foi divulgada por aliados de Ciro no Facebook. O próprio Ciro, no entanto, reconheceu que a pesquisa era falsa, e aproveitou para alfinetar Eunício: "Deve ser pegadinha do Pinóquio riquinho", disse, mesmo estando proibido pelo TRE de xingar o adversário.

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