Último tuíte de Roberto Bolaños foi dedicado ao Brasil
Mensagem do ator mexicano na rede social respondia a uma fã brasileira que havia escrito para ele
Roberto Gómez Bolaños - Divulgação
Roberto Gomez Bolaños, o eterno Chaves, declarou o seu amor pelo Brasil na última mensagem enviada em seu perfil no Twitter, destinado a uma fã brasileira. “Todo o meu amor ao Brasil”, escreveu o ator na última quarta-feira. Bolaños morreu nesta sexta-feira, aos 85 anos, após permanecer com a saúde fragilizada por mais de uma década.
No Brasil, o ator deixou uma geração de fãs que cresceu assistindo aos episódios de Chaves, sua principal criação, reprisados exaustivamente pelo SBT ao longo dos últimos 30 anos. A mensagem na rede social só cresce em popularidade desde a confirmação da morte de Bolaños. Até o momento, conta mais de 12.000 retuítes e 9.000 curtidas.
Em outra postagem, de 11 de agosto, Bolaños agradeceu aos fãs brasileiros. "Me dizem que daqui a pouco serão 30 anos no Brasil. Obrigado ao SBT. Sobretudo, muito obrigado, brasileiros, amo vocês. Chespirito", escreveu.
O ator costumava usar o Twitter para se declarar para a mulher, Florinda Meza García, a Dona Florinda do seriado. Em diversas mensagens, ele divulgava uma foto da trajetória da mulher, junto com legendas apaixonadas. Em uma delas, escreveu: "29 anos. Já vivíamos juntos. Viu por que me apaixonei por ela?" Florinda e Bolaños se relacionaram por 27 anos antes de se casarem, em 2004, no dia 19 de fevereiro, na Cidade do México. Viveram juntos até a morte do humorista.
Com corpo sequinho, Anitta ainda quer
perder peso: ‘Estava mais magra’
Cantora está focada na dieta e em rotina de treino funcional; veja fotos
Gabriela BispoDo Gshow, São Paulo
Com corpo sequinho, Anitta quer ficar mais magra (Foto: Carol Caminha/Gshow)
Cantora ostenta corpão (Foto: Carol Caminha/Gshow)
No dia da grande final do Dança dos Famosos 2014, Anitta ostenta sua beleza nos bastidores do Domingão. Com o corpo mais sequinho desde que saiu do quadro, a cantora garante que está focada na boa forma. "Depois do 'Dança', comecei uma dietinha e o treino funcional. Agora estou sem tempo porque entrei em uma pegada mais puxada de trabalho, mas eu vou tentar voltar, estava mais magra", conta ela ao site do Faustão.
Influenciada pela sua experiência no quadro, a gata afirma que o público verá a Anitta pós-'Dança' em um novo trabalho: 'Já inseri no clipe da música 'Ritmo perfeito' alguns passos que eu aprendi. Vou lançar esse mês, está bem legal!".
À frente do "Hora Um", Monalisa Perrone conta que toma café da manhã à 1h
Colunas - Flavio Ricco
Zé Paulo Cardeal/Globo
Monalisa Perrone no cenário do "Hora Um"
A partir de segunda-feira (1°), com a estreia do "Hora Um", noticiário da Globo exibido diariamente às 5h, no lugar do "Globo Rural", Monalisa Perrone vai deixar para trás mais de 20 anos dedicados à reportagem.
Com passagens por Jovem Pan e Grupo Band antes de chegar à Globo, no início de 1999, ela explica que seu foco passa a ser o telejornal feito para "um público que acorda cedo", e que também precisou mudar seus hábitos por causa do novo trabalho - agora, acorda à uma da manhã.
O 'Hora Um' surge em uma faixa horária na qual a Globo não possui liderança de audiência absoluta. Na média de outubro, por exemplo, ficou atrás do SBT. Além do compromisso de levar informação, o produto também terá a importante missão de alterar esse quadro e passar uma bola redondinha para o "Bom Dia" local.
Na entrevista a seguir, Monalisa passa a impressão de não estar preocupada com a concorrência, e se mostra bastante animada com o novo desafio em sua carreira.
UOL - Como está sua expectativa e da equipe para a estreia do "Hora Um"? Monalisa Perrone - Estou muito animada! Temos feito o jornal todos os dias, como se fosse ao ar, há algumas semanas. Estou gostando muito do resultado e espero que o público goste também.
Cinco da manhã. Um horário que o grande público ainda não está habituado a ver telejornal. Quais serão as armas de "sedução" do programa? O "Hora Um" é para um público que acorda cedo. Nós começaremos às 5h com um telejornal dinâmico que oferece todas as principais notícias do país e do mundo. Teremos correspondentes internacionais, previsão do tempo bem completa, comentaristas... Tudo que as pessoas que acordam neste horário precisam saber antes de sair de casa.
Vocês, contam, certamente com o público que acompanha noticiário via celular, tablets. Tem alguma coisa específica para internet? Hoje as pessoas têm acesso à programação da TV por meio de diferentes plataformas, então quem estiver em trânsito neste horário poderá acompanhar as notícias do "Hora Um", por exemplo. Nós teremos um site bem dinâmico, mas ainda é surpresa o que vem por aí.
Quando de fato você ficou sabendo que iria ancorar o programa? Há dois meses.
Quantos profissionais formam a equipe do "Hora Um"? São muitas pessoas. Além da nossa produção na redação, tem a Maria Julia Coutinho cuidando do tempo, o Samy Dana falando sobre finanças, os correspondentes internacionais (em Tóquio e Jerusalém, por exemplo). Enfim, temos muitos profissionais envolvidos.
Você abandona as reportagens a partir de agora? Meu foco agora é o "Hora Um", mas, com certeza, a reportagem deixará saudades. Foram 22 anos na função.
Passou a espiar o que a concorrência tem no horário de confronto? O que eu acompanho, principalmente enquanto tomo o café da manhã, é a GloboNews.
Qual a maior vantagem do "Hora Um", começando nesse horário? E a desvantagem? Eu penso que só temos a ganhar, principalmente o público que acorda cedo e que poderá se informar antes de sair de casa.
O que muda na sua rotina, por causa do horário do programa? Tudo! Eu levanto à uma da manhã para tomar um reforçado café: pão com manteiga, queijo, geleia, broinha de milho, café com leite e suco. Depois do telejornal, às seis e meia eu como um sanduíche e tomo uma vitamina. Às onze, onze e meia, eu almoço um bom prato de comida, que inclui arroz e feijão. Às três da tarde eu faço um lanchinho e antes de dormir, às seis da tarde, eu como uma fruta ou iogurte.
Namorando o empresário Caio Nabuco, Marina Ruy Barbosa tem compartilhado foto com amado em seu Instagram. No entanto, os fãs da atriz sempre se lembram do romance dela com Klebber Toledo. A estrela afirmou que não se preocupa com as críticas.
“Eu procuro ser discreta, mas sou jovem, não tenho o que esconder. Postar fotos é uma coisa natural da minha idade. Não posso viver numa bolha, deixar de fazer coisas. Não posso me privar de ser feliz por ser uma pessoa pública. Acho que o bacana da vida é amadurecer e ir se transformando”, disse ao jornal “O Globo”.
A artista também comentou a nova fase de Maria Isis, em “Império”. A ninfeta terminará o relacionamento José Alfredo (Alexandre Nero) por uma armação da mãe, Magnólia (Zezé Polessa). Ao descobrir a verdade, ela romperá com a família.
“ Já gravei a cena em que ela briga feio com a mãe. Foi tenso, mas muito bacana. E o casal deu certo. As pessoas estão torcendo. No início da novela, eu e Nero ficávamos nos perguntando qual seria a reação, se o público aceitaria. Normalmente as pessoas têm um pouco de preconceito. Para nossa surpresa, foi ótimo.”
Climão! Regina Duarte fura fila e causa indignação em evento de Maitê Proença
O local escolhido para o evento estava cheio e as famosas acabaram conseguindo falar com a autora antes de todos, apesar da fila formada por fãs que aguardavam em pé, segundo o "Notícias da TV".
Algumas pessoas chegaram a gritar "sacanagem" e "falta de respeito", mas Regina Duarte estava animada com o encontro e não percebeu o recado.
Já? Amal Alamuddin se irrita com mania de George Clooney, diz site
SBT altera "rotina" e pede programa ao vivo a Eliana para exibir velório de Bolaños
Para exibir o velório de Roberto Gómez Bolaños, criador de "Chaves" e "Chapolin", o SBT pediu a Eliana que fizesse o seu programa ao vivo neste domingo (30). A solicitação foi feita pela direção da emissora à apresentadora às pressas, na noite do dia anterior.
Eliana retornou ao SBT em 2009 e, desde então, havia feito o programa ao vivo em raras ocasiões --uma delas, foi quando ocorreu o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), matando 242 pessoas em janeiro de 2013.
São esperadas cerca de 50 mil pessoas no estádio Azteca, onde será realizado o velório do ator, diretor e produtor mexicano.
Bolaños morreu aos 85 anos nesta sexta-feira (28), em sua casa em Cancún, no México. A causa da morte não foi divulgada.
Com problemas respiratórios, dificuldades para se locomover e se mexer, o ator e comediante havia se isolado com a família em Cancún em busca de ar puro, segundo informações divulgadas em abril. Em suas últimas aparições públicas, Bolaños se deslocava com o auxílio de uma cadeira de rodas.
Bolaños era casado com Florinda Meza, a atriz que interpretava a maioria dos personagens femininos, inclusive a Dona Florinda, desde 2004. Ele era pai de Roberto, Paulina, Graciela, Marcela, Teresa e Cecília, frutos do primeiro casamento, com Graciela Fernández Pierre.
"El Chavo del Ocho", nome original da série "Chaves", foi exibida pela primeira vez em 20 de junho de 1971 no México. No Brasil, "Chaves" é o seriado infantil de maior longevidade da TV. No ar no SBT desde 1984, o programa conta a história de um menino órfão que vive dentro de um barril, em um cortiço.
Segundo a Televisa, "Chaves" foi dublado para mais de 50 idiomas e licenciado para TVs de toda a América Latina.
Chespirito, como ficou conhecido em países de língua hispânica, escreveu ou adaptou 50 roteiros de cinema e atuou em 11 filmes.
Com a rotina na TV, Viviane Araújo acorda de madrugada para malhar: "Busco não ficar tão sarada"
Mais conhecida por sua performance à frente da bateria do Salgueiro, Viviane Araújo,
quem diria, vem roubando a cena, aclamada pelo público e pela crítica,
com a interpretação da manicure Naná, na novela Império. "Tenho
consciência de que não acreditavam em mim, mas hoje as pessoas me
elogiam e dizem que se surpreenderam com minha atuação", diz.
Com a rotina exaustiva das gravações, Viviane tem acordado de madrugada
para malhar e cuidar do corpo para o Carnaval - em 2015, ela completa 20 anos de Sapucaí.
"Já fui mais doente com a forma física, hoje estou tranquila. Busco não
ficar tão sarada, treinando com menos carga e tendo outro tipo de
alimentação. Quero ficar mais fina e definida". Por causa da novela, ela
não tem conseguido se dedicar aos ensaios da agremiação como gostaria.
"Estou tão focada no trabalho que às vezes não dá tempo de ir. Mas a
direção da escola é superfeliz com o meu trabalho e eles não me cobram".
Confundida com uma mulher em um vídeo erótico que
rendeu muitos cliques na internet, ela sentiu o gosto amargo da
exposição. "Graças a Deus tudo foi esclarecido. Mas as pessoas têm que
arcar com o que fizeram e já tomei medias legais. O artista não tem
privacidade e esse é o preço que a gente paga. Depois da novela as
pessoas vão me ver diferente, dar mais valor".
Em 2011, Roberto Gómez Bolaños dividiu fotos pessoais de sua esposa, Florinda Meza, a Dona Florinda, em seu Twitter oficial. Ele divulgou fotos em que a esposa aparece produzida e explicou: "Já vivíamos juntos. Viram por que me apaixonei por ela?". Na imagem à esquerda, Florinda aparece com 27 anos e, à direita, com 29. MaisDivulgação/Reprodução SBT/Blogs
“Sofro bullying virtual até hoje: me chamam de sapatão, dizem que sou homem”, diz Rebeca Gusmão
Maior promessa de medalha feminina na
natação em Olimpíadas, ex-atleta – e todo o Brasil – assistiu à triste
derrocada de uma carreira brilhante aos 22 anos. Pega em um exame de
doping, foi punida e proibida de praticar qualquer esporte. Entrou em
depressão, engordou 30 quilos e tentou se matar. Hoje, aos 29, loira,
magra e recém-separada, diz-se pronta para recomeçar – desta vez, muito
mais feminina
Logo que sentei para conversar com a agora loira Rebeca Gusmão em uma
tarde fria e chuvosa em Brasília, ela sacou um iPhone da bolsa. No
restaurante em que almoçávamos, mostrou para mim, orgulhosa, uma
foto em que aparecia vestida de maiô e touca ao lado da irmã mais
velha, na beira de uma piscina. O semblante sério da pequena
nadadora, então com 9 anos, revela muito sobre sua relação com o
esporte: desde a mais tenra idade, foi treinada para vencer.
Rebeca começou a nadar profissionalmente aos 12 anos em um clube de Brasília, cidade onde nasceu. Depois
de apenas três meses de treino puxado, tornou-se a melhor do mundo em
sua categoria e conquistou a primeira medalha de ouro, em um campeonato
na África do Sul. “Foi uma surpresa”, disse durante a conversa. “Essa medalha estava prevista para vir após três ou quatro anos de treinos.”
Passada a estreia arrebatadora, começou a quebrar os próprios recordes numa escalada incessante e rapidamente tornou-se
o maior nome feminino da natação brasileira e a primeira mulher com
chances reais de ganhar um ouro em Olimpíadas na modalidade.
Em dez anos de carreira, diz que ganhou mais de 1.500 medalhas. Entram
nessa conta as quatro obtidas nos Jogos Pan-americanos do Rio de
Janeiro, em 2007. Mas esses títulos foram retirados dela depois
que exames deram positivo para uso de anabolizantes e esteroides –
resultado que ela contesta até hoje. Naquele momento, Rebeca,
com 22 anos, viu sua carreira ruir. Foi suspensa pela Federação
Internacional de Natação e nunca mais pôde competir em piscinas. Em
2009, foi proibida de praticar qualquer tipo de esporte
profissionalmente pela Corte de Arbitragem do Esporte – na época, jogava
futebol em um clube de Brasília.
Sem saber o que fazer
da vida, saiu candidata a deputada distrital pelo PCdoB em 2010. Sua
votação foi irrisória – teve apenas 437 votos. Arrumou, então,
um emprego na Secretaria de Esportes do Distrito Federal, onde deu
expediente até meados de setembro. Pediu demissão quando boatos de que
participaria do reality show "A Fazenda", da TV Record, começaram a
circular. Não foi escalada para a formação inicial do programa. Agora,
dedica-se às carreiras de modelo fitness e palestrante motivacional.
Longe das piscinas, Rebeca começou a descontar as frustrações na comida. Em três anos, engordou 30 quilos. Sua
saúde mental piorou ainda mais em 2013, quando o marido deu fim ao
casamento de seis anos. Em agosto do ano passado, entrou em coma por ter
ingerido antidepressivos misturados com bebidas alcoólicas. O
episódio foi o ponto de virada para a assombrosa recuperação, detalhada
por ela – em meio a outros escândalos – na entrevista a seguir. MARIE CLAIRE - Depois que parou de nadar, você entrou em uma depressão profunda. Como venceu a doença?
REBECA GUSMÃO - No fim do ano passado, quando voltei do
hospital [depois do coma], prometi a mim mesma que 2014 seria diferente.
Queria deixar tudo para trás e ser uma nova Rebeca: fisicamente,
emocionalmente. Mudei minha alimentação e meus hábitos. Tomei remédios,
fiz terapia. Voltei a praticar esportes, a sair, a rir e conhecer outras
pessoas.
MC - Você entrou em coma porque tentou o suicídio?
RG - Não foi uma atitude consciente. Fui parar no hospital
depois de tomar uma dose maior do que a recomendada dos remédios de
depressão misturada com álcool. Sabia que faria mal, mas não a ponto de
poder me matar. Já tinha pensado em me suicidar, mas não tinha coragem.
Apaguei por três dias. Quando acordei do coma, no hospital, pensei: “Ué,
tô aqui?”. E voltei a sentir uma dor no peito que não passava. Minha
mãe olhou pra mim e disse: “Você nasceu de novo”.
“Não estava no fundo do poço, mas no pré-sal da depressão. Emagreci 20 quilos em dois meses”
MC - Como começou essa depressão, essa tristeza?
RG - Quando parei de nadar, perdi o sono. Só conseguia dormir
às 7 horas da manhã, depois de beber bastante. Chorava muito e comia
durante a noite. Sentiame feia, mas não estava em depressão profunda,
ainda tinha meu casamento, família e amigos.
MC - Quando você caiu de vez?
RG - Quando me separei [do cantor lírico Gutemberg Amaral, 39
anos, com quem foi casada por seis anos]. Porque, quando perdi a
natação, transferi meu amor para a vida pessoal. Mas, com o fim do
casamento, brinco que não fui para o fundo do poço, mas para o pré-sal
da depressão. Perdi 40 quilos em um ano e 20 deles em dois meses.
Continuei bebendo, mas aí já não era mais para dormir, era para sair da
realidade. Sentia uma dor no peito, na cabeça, que não passava por nada.
Era agoniante. Tinha feridas pelo colo de tanto me coçar, me arranhava
por sofrimento. Depois a psicóloga me explicou que quem tem depressão
faz isso na tentativa de aliviar a dor interna.
MC - Como se sente hoje?
RG - Depressão é como diabetes, não tem cura. Estou sob controle e ainda tomo remédios.
MC - Você ainda gostava do seu ex no momento da separação?
RG - Meu ex-marido foi minha primeira paixão. Foi meu
professor de artes na escola, dez anos mais velho do que eu. Ele foi
morar fora e nos reencontramos quando eu tinha 21. Logo começamos a
namorar. Casamos um ano depois e vivemos épocas boas, claro. Há dois
anos, começamos a discordar muito e não soubemos colocar um ponto-final
na relação. Até que ficou intragável. Ele decidiu terminar e tive que me
segurar muito para não pedir para voltar. E olhe que, no fim, ele me
colocava para baixo, me humilhava. Eu me arrumava, mas só ouvia que
estava horrorosa. Fazia algo tentando ajudar e ele respondia que eu só
atrapalhava. Eu também tive meus erros, evidentemente. Hoje não desejo
mal a ele, apesar de ele ter me feito muito mal. Mesmo assim, não deixei
de amá-lo quando a relação acabou. Por um tempo ainda pedi a Deus que
restaurasse meu casamento.
“Quando larguei a natação, perdi o sono. Só conseguia dormir depois de beber”
MC - Agora você está namorando um empresário de Brasília?
RG - Sim. Uma pessoa maravilhosa, que nunca imaginei que
existisse. Estamos junto há alguns meses. Mas não conto nada sobre ele:
nome, idade, nem o que faz.
MC - Por quê?
RG - Tenho uma revolta muito grande com a mídia. [Na época em
que foi pega no exame antidoping] acordava cedo para pegar o jornal na
casa dos meus pais e não deixá-los ler as notícias [negativas] que saíam
sobre mim. Eles não assistem à TV até hoje por causa disso, pegaram
trauma. Uma vez, disseram no Jornal Nacional que eu poderia pegar de
dois a cinco anos de cadeia [Rebeca foi acusada – e absolvida – do crime
de falsidade ideológica, acusada de ter trocado o exame que continha
sua urina para avaliação do teste de doping]. Você imagina que a minha
mãe assistiu a isso? [Começa a chorar copiosamente] Lembro que liguei
para ela nesse momento. Ela atendeu aos prantos. Eu dizia que não tinha
nada daquilo, que ela não precisava se preocupar. Quando desliguei,
joguei o telefone na parede de ódio. Fora que perdi minha avó com
problemas de coração por causa dessa história. Ela teve um infarto
depois que, com o perdão da palavra, uma filha da puta de uma pessoa no
mercado falou mal de mim para ela. Faleceu de problemas cardíacos. Ouvi
muito: “Você é ruim, matou sua avó”. E, mesmo que tivesse feito [tomado
os anabolizantes], é um problema meu. A prejudicada fui eu. Não roubei,
não matei, não estuprei. A prejudicada maior dessa história fui eu.
Então, hoje, não deixo ninguém falar com a minha família. Em casa não
tem telefone fixo para nenhum repórter ligar.
MC - Mas por que resolveu dar esta entrevista?
RG - Sempre dei entrevistas. Quero proteger meus pais da imprensa.
MC - Afinal, tomou anabolizantes nos jogos de 2007?
RG - Não. Sempre fui muito visada nas competições. Fiz meu
primeiro controle de doping aos 13 anos. Nem sabia do que se tratava.
Fui testada porque era uma das mais fortes. Sempre tomei cuidado com o
que ingeria. Claro que a gente toma suplemento e não é nem para melhorar
a performance em uma prova, é para poder aguentar o treinamento.
MC - Alguma vez te ofereceram anabolizantes?
RG - Já. Médicos endocrinologistas. O que não dá para ser é
hipócrita. Se alguém me falasse: “Rebeca, tem uma substância aqui que,
se você tomar, vai ser campeã olímpica e não é doping”, eu tomaria.
Agora, se o médico dissesse que aquilo iria me matar em uma semana, não o
faria. E o atleta que negar isso está mentindo. Logo que alguma
substância é liberada, tá todo mundo tomando dez vezes a quantidade
recomendada no dia seguinte.
“Sem hipocrisia: quando as substâncias são liberadas, todo mundo toma dez vezes o recomendado”
MC - Como foi receber o resultado do exame de doping depois dos Jogos do Rio, em 2007?
RG - Lembro como se fosse hoje. Era 2 de novembro de 2007.
Recebi a ligação do presidente da Confederação [Brasileira de Desportos
Aquáticos], dizendo que havia um problema nos meus exames do Pan. Eu
perguntei: “Do Pan? Qual exame?”. Ele me chamou lá para resolver.
Comecei a chorar na hora.
MC - Então você já sabia do que se tratava?
RG - Fiz cinco exames para o Pan, apenas um deu problema. Um
único que foi enviado para um laboratório no Canadá. E eu já tinha um
processo contra esse laboratório. Hoje, olhando para trás, consigo
enxergar que foi uma armação muito grande. No meio do furacão, não
conseguia entender nada. Nesse dia, meu pai começou a me ligar sem parar
porque o presidente [da Confederação] tinha ligado para ele antes de
falar comigo. Eu não via o número dele no telefone e não conseguia
atender. Não tinha coragem de mostrar para ele o estado em que estava.
Aquilo tirou meu chão. Depois, fui até a casa dos meus pais, disse que
não sabia o que estava acontecendo. Ele me abraçou e falou que sempre
estariam comigo no momento em que eu precisasse [chora].
MC - Você se arrepende de alguma coisa dessa época?
RG - Não posso me arrepender de ser imatura. Eu precisava viver tudo isso e me tornar mais forte.
MC - Você acredita que foi manipulada por alguém em algum momento de sua carreira?
RG - Uma vez, quando tinha 19 anos, me machuquei e o médico
prescreveu uma medicação que tinha substâncias que eu desconhecia. Fui
obrigada pela Confederação a assinar um termo assumindo a
responsabilidade pelo que tomava e isentando o médico. Assinei chorando
para não perder o patrocínio. Se fosse hoje, teria feito um
estardalhaço. Por sorte, não consegui abrir o pote e, no fim, não tomei a
medicação.
MC - Quando você soube que seria nadadora?
RG - Na infância. Estava em um shopping com meu pai, com a
cara colada na vitrine de uma loja de eletrônicos, vendo uma prova do
Xuxa [o nadador Fernando Scherer, durante as Olimpíadas de Atlanta, em
1996]. Ele ganhou e me chamou a atenção a maneira como chorava. Aquilo
tocou profundamente minha alma. Eu já nadava porque tinha bronquite.
Daquele dia em diante, nadei para ir às Olimpíadas. Falei para o meu
pai: “Quero ser nadadora profissional, atleta”. Ele perguntou se tinha
certeza, alertou para a responsabilidade e disciplina que teria de ter a
partir de então. Encarei numa boa.
“Minha avó morreu de problemas no coração em decorrência do escândalo do doping”
MC - Nos perfis escritos sobre você, consta a informação de
que, aos 8 anos, você conseguia arremessar uma bola de basquete de um
lado ao outro da quadra da escola. Isso é verdade?
RG - Desde pequena fui a mais alta da turma [hoje mede 1,78
metro e pesa 73 quilos], sempre tive muita força. Era magrinha, mas
muito forte. Uma vez, jogando queimada na 4ª série, quebrei o braço de
uma menina ao arremessar a bola nela. Aquilo me assustou muito e as
crianças começaram a me chamar de monstro. Chorei um monte. Sempre fui a
menina estranha, mas não tímida. Me dava muito bem com os meninos, por
exemplo. Quando tinha jogo de futebol, era a única garota escolhida.
MC
- Sua sexualidade e seu gênero são motivos de ataques e dúvidas na
internet, há especulações de que você seria hermafrodita. Como lida com
isso?
RG - É muito triste julgarem pela aparência. Isso é coisa de
gente covarde, invejosa. No esporte, quando desconfiam da sua identidade
sexual, te obrigam a fazer um exame de feminilidade. Felizmente nunca
fui chamada para fazer um desses. Já fiz milhões de controles de doping,
mas de feminilidade, nunca. E até hoje sou vítima de bullying vir¬tual:
me chamam de sapatão, dizem que sou homem, que pareço o Hulk, que se eu
for para a cama com um cara eu que vou comê-lo. Essas pessoas têm que
procurar ajuda. Quem perde tempo e energia com esse tipo de coisa?
MC - Você já ficou com mulheres?
RG - Já. Mas é só diversão, não sou bissexual. Nunca me
imaginei passando a vida com uma mulher. Sempre que aconteceu foi em
festa, quando estava muito alegre. Pegar uma mulher é muito diferente.
Apesar de ser só de brincadeira, tem sempre uma ligação mais profunda. É
uma coisa doida.
MC - Já fez ménage à trois?
RG - Não. Um namorado já propôs, mas respondi que era um
risco. Eu podia achar aquilo muito legal e nunca mais querer transar só
com o cara. Ou então o cara podia se apaixonar pela menina, eu podia
gostar dela... Não acho que vale a pena estragar o que está bom.
MC
- Recentemente, você foi acusada por um médico de ter desviado dinheiro
da conta dele e também pelo dono de uma loja de suplementos de não ter
pago por mercadorias compradas. O que tem a dizer sobre esses novos
escândalos?
RG - Quanto mais famoso você é, mais gente quer aparecer às suas custas. Foram mal-entendidos, que já foram esclarecidos.
“Na época em que era atleta, não podia ter seios grandes. Por isso, colocava meias dentro do sutiã”
MC - Já teve outros problemas com a polícia?
RG - Além do processo por falsidade ideológica, a coisa mais
ridícula do mundo, teve outro caso: fui para cima de um cara que
atropelou de propósito uma pessoa de que eu gostava. Fomos parar na
delegacia. Quando você é uma pessoa pública, é muito difícil fazer uma
coisa errada. A verdade é que zé-ninguém não vende mídia, não é mesmo?
MC
- Você foi condenada pela Federação Internacional de Natação e pela
Corte de Arbitragem do Esporte por uso de anabolizantes. Ainda está
recorrendo da decisão?
RG - Sim, mas custa muito dinheiro. Não tenho como pagar. No
final do ano passado, quando decidi dar a volta por cima, aceitei que
nunca mais seria uma nadadora profissional. Prometi a mim mesma que não
ficaria triste quando falassem desse assunto comigo. E ter colocado
silicone no peito foi simbólico. Ter seios grandes me atrapalhariam em
uma competição. Isso mexia com o meu psicológico, até colocava meias
dentro do sutiã quando saía.
MC - O que mudou depois da plástica?
RG - Os homens olham muito mais! E me sinto mais feliz, mais
mulher, mais realizada. Estou vivendo minha fase mais feminina. Isso
preenche um vazio que eu achava que só completaria com um filho.
MC - Você pensa em ser mãe?
RG - Por enquanto não. Está tudo indo muito bem desse jeito.
marie claire
"Estou louco para fazer a cena de sexo com a Drica", diz Alexandre Nero
Ana Cora Lima
Do UOL, no Rio
Anderson Borde e Marcello Sá Barretto/AgNews
Alexandre Nero foi eleito o "Homem da TV" de 2014 por revista masculina numa premiação realizada na quinta-feira (27)
Uma das cenas mais esperadas da novela "Império", a transa entre José
Alfredo e Cora em um motel vai ser gravada na próxima semana, mas
Alexandre Nero já recebeu os capítulos e revelou que está contando os
dias para entrar no estúdio.
"Estou louco para fazer a cena de sexo com a Drica Moares, a Cora. Além
de ela ser uma gênia, uma parceira maravilhosa, o Aguinaldo caprichou.
Tudo é muito engraçado e envolvente. Tem uma coisa de rasgar a camisa
dela, uma coisa também sadomasoquista, porque ela tem fetiche por
enforcamento desde que o Comendador a enforcou pela primeira vez, e aí
ela pede durante o rala e rola. Tem toda aquela coisa selvagem", contou
ao UOL. Nero garantiu não ser dessa vez que a tia de
Cristina (Leandra Leal) irá perder a virgindade. "Tudo mentira, uma
enganação. Ele vai dar um golpe na Cora para recuperar o diamante rosa".
Eleito o Homem da TV de 2014 por revista masculina em premiação
realizada na noite desta quinta-feira (27), no Rio, o protagonista da
novela das 21h também falou de outra cena aguardada pelo público: a sua
falsa morte. "Não gravei ainda. Vou gravar logo depois da cena com a
Cora, mas vai ser tranquila, né? Eu só vou estar dentro de um caixão.
Tranquilo (risos)", brincou o ator, que na vida real precisou desmentir
nesta semana ter sido vítima de um ataque cardíaco nos bastidores de
"Império".
"Levei na brincadeira, mas acho um assunto muito perigoso e que deveria
ter uma regulamentação maior com relação às mídias. Esse negócio de
internet está brincando com coisa séria, porque tem gente enriquecendo
passando notícias mentirosas. Eles enriquecem a cada clique. Lógico,
qualquer protagonista das 21h que morrer em cena vai chamar atenção, vai
ter toda uma repercussão e o cara não faz isso de sacanagem, ele faz
isso porque está ganhando dinheiro", disse.
Antes de subir ao palco para receber o prêmio, Alexandre brincou com o
título e com a falta de tempo para planejar qualquer coisa: "Planejar o
final de ano? Você sabe o que é gravar uma novela das 21h? Não tem tempo
para nada! Só faço gravar, gravar, estudar e decorar o texto, gravar e
gravar. Eu não sei se sou mesmo o Homem da Televisão desse ano, mas com
certeza sou o cara que nesse momento mais grava, mais passa horas nos
estúdios e nas externas, o que mais trabalha".
As pessoas me agarravam, puxavam o meu cabelo, queriam um pedaço
da roupa e gritavam sem parar. Parecia que eu era um beatle
Alexandre Nero
Nero admite que a falta de tempo também o impede de sentir a
repercussão do seu personagem, mas que ficou assustado com o assédio que
recebeu recentemente na premiação de um jornal carioca. "Levei um susto
com a recepção calorosa. As pessoas me agarravam, puxavam o meu cabelo,
queriam um pedaço da roupa e gritavam sem parar. Parecia que eu era um
beatle", disse às gargalhadas.
"O Comendador pegou, caiu no gosto das pessoas. Quando a gente faz,
nunca se espera o sucesso ou fracasso. A gente tentar fazer o melhor e o
que vai acontecer não depende só da gente, é uma coisa que acontece ou
não acontece. Não tem a ver competência nem com qualidade. Tem a ver com
alguma coisa, que a gente não sabe com algum segredo que se a gente
soubesse faria sempre", analisou.
O ator também admitiu que a sorte faz parte do trabalho, assim como
ter uma estrutura na retaguarda. "Tenho pessoas maravilhosas ao meu
redor. Do autor ao elenco, passando pela caracterização, figurino e
produção até chegar a direção Ninguém faz milagre sozinho, né? Claro que
tem o meu mérito, mas é um trabalho coletivo". Apesar do sucesso, Nero
rejeita o rótulo de novo galã da teledramaturgia. "As pessoas falam do
personagem, elogiam e acham atraente o José Alfredo. Não sei se são as
rugas, a barba, o sotaque, o jeito másculo, o poder ou o dinheiro. Eu
acho que é um todo porque trata-se de um personagem cativante, poderoso e
inteligente.O público não gosta de personagem burro".
Alexandre Nero, que é cantor e líder da banda Maquinaíma, confirmou
ainda que irá participar do Especial de Roberto Carlos no final dos ano,
realizando um sonho de infância: um dueto com o rei. "Já sei a música,
mas não vou falar, não (risos). Eu sou fã do Roberto Carlos e quem não
é, né? É um sonho de criança. Mesmo com 44 anos e sendo profissional, me
veio um nervoso na hora do convite. Eu lembrei dos meus pais, que iam
pirar com isso".