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2 de novembro de 2014

Sócio de empresário acusado de corrupção trabalhou na campanha de Fernando Pimentel

Victor Nicolato tem sociedade numa construtora com Benedito de Oliveira, empresário detido pela PF com R$ 116 mil num jatinho, em Brasília – e apareceu no caso do mensalão

DIEGO ESCOSTEGUY E MURILO RAMOS
Victor Nicolato: homem de confiança do empresário Benedito de Oliveira, o Bené, na campanha de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas Gerais (Foto: Reprodução facebook)
O publicitário Victor Nicolato era o homem de confiança do empresário Benedito de Oliveira, o Bené, no comitê do governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel, do PT, de acordo com o relato de petistas e pessoas próximas a Bené. Ambos se conheceram quando Nicolato trabalhava na DNA Propaganda, agência de Marcos Valério que foi pivô do escândalo do mensalão. Nicolato, segundo documentos da PF, apareceu em ordens de pagamento do Banco do Brasil à DNA durante o mensalão. Em 2009, Bené e Nicolato entraram como sócios na CS Construções e Serviços, empresa com capital de R$ 900 mil que funciona em Brasília e costuma fornecer mão-de-obra terceirizada nas áreas de limpeza e segurança.  
Nesta edição, ÉPOCA revela que Bené, detido com R$ 116 mil num jatinho em Brasília, é amigo de Pimentel. ÉPOCA mostra que o avião em que Bené foi detido pertence, na verdade, ao próprio Bené. Revela também que, de tão influente, Bené indicou um dos secretários do Ministério do Desenvolvimento, quando Pimentel assumiu a pasta, em 2011. A PF investiga os indícios de lavagem de dinheiro no caso. Desde 2010, Bené é acusado de desvio de dinheiro em contratos de eventos e serviços gráficos fechados com o governo Lula.
>> A ligação entre um jatinho com R$ 116 mil e o governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel

De acordo com um integrante da campanha petista, Nicolato era encarregado de “resolver os problemas” que surgissem no comitê de Pimentel. Ele tem uma garagem invejável. Estão em seu nome um Porsche Cayman 2010, um Porsche Cayenne 2014, um Land Rover Sport, uma caminhonete Freelander, um Kia Soul, entre outros. O preço dos carros é estimado em R$ 731 mil. Procurado por ÉPOCA, Nicolato afirmou repetidamente “nada a declarar” e desligou o telefone.

Documento prova que o publicitário Victor Nicolato trabalhou na DNA, agência de publicidade de Marcos Valério envolvida no escândalo do mensalão (Foto: Época)

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