Ao Vivo

21 de março de 2013


"Heavy metal tem definitivamente tudo a ver com música eletrônica", diz produtor de Derrick Green


  • Sam Spiegel (à dir.) e Derrick Green (esq.) no projeto Maximum Hedrum
Derrick Green, atual vocalista do Sepultura, trocou os gritos e o peso da guitarra de Andreas Kisser por vocais falsetes inspirados em Prince e sua coleção de camisetas pretas pelo terno e gravata quadriculado do projeto eletrônico Maximum Hedrum. O álbum lançado em março é uma parceria com Sam Spiegel, DJ que já trabalhou com Zegon (Planet Hemp) no N.A.S.A, que produziu a banda Yeah Yeah Yeahs, e é irmão do cineasta Spike Jonze. 
Em entrevista ao UOL, Green e Spiegel comentaram que "heavy metal tem definitivamente tudo a ver com música eletrônica". E tem tanto a ver que o próximo álbum do Sepultura deve ser influenciado pela nova fase do vocalista.

"Estamos escrevendo algumas músicas e eu gostaria de contribuir com essa experiência eletrônica. Não vai soar exatamente como Maximum, mas minha ideia é mostrar a minha voz mais natural, não só ficar gritando, gritando e gritando. Penso em colocar mais melodia também. Estamos muito abertos a isso", explicou.
Para Derrick, a experiência de cantar é uma oportunidade de explorar um novo lado em sua carreira musical. "Como músico, é muito gratificante descobrir diferentes níveis de cantar, de um jeito que eu nunca imaginei. Nas partes mais altas, o Sam me ajudou muito. Ele colocou muitas ideias na mesa para descobrimos um estilo que realmente poderíamos usar."
A música é uma coisa muito aberta, você deve ser livre pra fazer o que sente vontade de fazer. É bacana sair da sua zona de conforto e fazer algo diferente. 
Derrick Green
Spiegel completa dizendo que o projeto, gravado no Rio de Janeiro, é único. "Nunca tinha escrito tantas letras e compartilhado algo tão pessoal. É uma parte muito íntima de mim e nunca tinha explorado a sexualidade dessa forma nas minhas músicas. Também queria fazer um tipo de música mais futurista e tecnológica".
Sobre os fãs mais ortodoxos do metal, que podem não gostar da experiência do vocalista, Derrick responde entre risadas. "Honestamente, isso só me faz rir. A música é uma coisa muito aberta, você deve ser livre pra fazer o que sente vontade de fazer. É bacana sair da sua zona de conforto e fazer algo diferente. Não consigo respeitar quem é contrário a isso." 

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