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1 de abril de 2014

Dilma declara apoio a criadora de 


campanha contra estupro

Do UOL, em São Paulo
A presidente Dilma Rousseff usou sua conta no Twitter nesta segunda-feira (31) para manifestar apoio à jornalista Nana Queiroz, criadora da campanha #NãoMereçoSerEstuprada nas redes sociais. Ela foi ameaçada de estupro após criar a campanha.
"Por ter se manifestado nas redes contra a cultura de violência contra a mulher, a jornalista foi ameaçada de estupro. Organizadora do protesto #NãoMereçoSerEstuprada, Nana Queiroz merece toda a minha solidariedade e respeito", afirmou Dilma
"Nenhuma mulher merece ser vítima de violência, seja física ou sob a forma de ameaça. O governo e a lei estão do lado de Nana Queiroz e das mulheres ameaçadas ou vítimas de violência", completou a presidente.
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Campanha ''Não mereço ser estuprada'' bomba na internet

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Internauta participa da campanha online "Eu não mereço ser estuprada", criada assim que foi divulgada uma pesquisa do Ipea (Instituto Econômico de Pesquisa Aplicada, do governo federal) apontando que a maioria de seus 3.180 entrevistados concordava com as seguintes afirmações: "Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas" e "Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros"Leia mais Reprodução/Facebook
Nana criou a campanha depois de uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgada na quinta-feira passada, mostrar que a maioria da população brasileira acredita que "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas" e que "se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros".
"Acreditei na pesquisa do Ipea e experimentei na pele sua fúria. Homens me escreveram ameaçando me estuprar se me encontrassem na rua, mulheres escreveram desejando que eu fosse estuprada", escreveu Nana Queiroz no Facebook no fim de semana.
Na sexta-feira, Dilma havia usado o Twitter para comentar a pesquisa. Ela disse na ocasião que "a sociedade brasileira ainda tem muito o que avançar no combate à violência contra a mulher".
Dilma também declarou que governo e a sociedade "devem trabalhar juntos para atacar a violência contra a mulher, dentro e fora dos lares".
Ela falou em "tolerância zero à violência contra a mulher" e disse que o "resultado [da pesquisa do Ipea] deixa claro o peso das leis e das políticas públicas no combate" a esse tipo de violência.
A pesquisa do Ipea também mostrou que a maior parte dos entrevistados condena a violência doméstica. O índice de concordância com a frase "Homem que bate na esposa tem que ir para a cadeia" alcança os 91%.

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