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30 de maio de 2014

Crise mundial fez das crianças gregas as mais obesas do mundo

Na Grécia, a dieta mediterrânea foi substituída por alimentos mais baratos e mais calóricos. As crianças engordaram

REDAÇÃO ÉPOCA
Aumento da obesidade infantil preocupa nos Estados Unidos (Foto: Thinkstock)
A crise financeira mundial, começada em 2008, deteriorou o orçamento das famílias em todo o mundo. O mesmo aconteceu com sua dieta. Para economizar, as famílias nos países mais atingidos passaram a comer mal, dando preferência a alimentos mais baratos e com maior valor calórico. O resultado disso? Um salto no número de obesos. É o que informa um estudo divulgado pela Organização para Cooperação  e Desenvolvimento Econômico (OCDE).  A OCDE é uma organização formada por 34 países. A maioria, economias desenvolvidas. Segundo seus dados, a maior parte da população e uma a cada cinco crianças são obesas nos países membros da organização.

Entre 2008 e 2013, com a crise mundial, a mesa de países como Grécia, Irlanda, Itália, Portugal, Espanha e Eslovênia estiveram entre as mais prejudicadas. Nesses lugares, os gastos com a compra de frutas e vegetais caíram ano a ano. Os grupos mais afetados pela crise reduziram o consumo desses produtos em até 20%. O resultado foi sentido na balança: “Pessoas com menor acesso a educação e status socioeconômico mais baixo tem maior tendência à obesidade”, afirma a OCDE. “ A crise econômica contribuiu para aumentar as taxas de obesidade”.

>>Quando as crianças tornam-se obesas?

Nesse mar de estatísticas, as crianças gregas saíram perdendo. Proporcionalmente,  os meninos gregos são os mais obesos do mundo. 44% dos garotos e 38% das meninas entre 5 e 17 anos do país estão acima do peso. As crianças italianas vêm em seguida. Na lista de 41 países, o Brasil vem na 37ª posição: por aqui, 15% dos meninos e meninas são obesos.
 (Foto: OCDE)

















Por anos, os hábitos alimentares dessas populações foram indicados por especialistas do mundo inteiro, por manter as pessoas saudáveis e magras. A dieta mediterrânea, como ficou conhecida, perdeu a popularidade na região onde nasceu. De acordo com um estudo de 2008 realizado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, populações em Portugal e Grécia vinham abandonando seus pratos tradicionais em favor de hambúrgueres e outros artigos de fastfood. Sua dieta se tornou mais gorda e doce. As dificuldades econômicas que se seguiram agravaram a situação.
RC

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