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9 de agosto de 2014

Aécio na frente... nas doações

E mais notícias da campanha eleitoral nesta quinta-feira (7)

BRUNO CALIXTO E MARINA RIBEIRO
1. Tucano arrecada mais do que Dilma e Eduardo

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou na quarta-feira (6) a prestação parcial de contas dos candidatos. Nesta disputa, o tucano Aécio neves (PSDB) saiu na frente. O mineiro arrecadou pelo menos R$ 11 milhões em doações de empresas e pessoas físicas. Dilma Rousseff (PT) conseguiu R$ 10,1 milhões. Enquanto isso, Eduardo Campos (PSB) fica na rabeira com R$ 8,2 milhões. Segundo a Folha, os três candidatos representam 94% do total arrecadado. Como O Filtro mostrou é uma pequena diferença contra Dilma, mas uma GRANDE em relação ao que Serra arrecadou em 2010 quando disputava a presidência pelo mesmo partido. Na época, ele tinha apenas R$ 4,1 milhões. Parece que o empresariado está mais empolgado com a oposição nestas eleições...
2. Mas e esse candidato, é Friboi? 
Os dados de arrecadação divulgados pelo TSE também mostram a concentração de doadores de campanha. Apenas três empresas bancaram 65% de todo o dinheiro doado aos presidenciáveis. Segundo a Folha, a JBS, dona da marca Friboi, é a campeã em doações. Ela doou R$ 11 milhões. Dilma e Aécio receberam R$ 5 milhões cada, e Campos, R$ 1 milhão. A Ambev, empresa do setor de bebidas, doou R$ 4 milhões para Dilma, R$ 1,2 milhão para Aécio e R$ 1,5 milhão para Campos. A terceira empresa que mais abriu os cofres para os presidenciáveis foi a construtora OAS, que deu R$ 2 milhões para Aécio e R$ 600 mil para Campos. Essa é apenas a primeira parcial de arrecadações. Os candidatos ainda podem receber recursos de empresas, e a expectativa é o que os valores aumentem até outubro.
3. Aécio provoca Dilma em minicomício
Nesta quinta, a presidente Dilma deverá se reunir com sindicalistas e receber o apoio das Centrais Sindicais. Pensando nisso, a campanha de Aécio Neves tentou se adiantar. Aécio fez um minicomício na porta da fábrica Voith, que produz maquinário para indústrias, com membros da Força Sindical, entre eles o Paulinho da Força. No comício, Aécio disse que o país vive uma desindustrialização e provocou Dilma - disse que ela precisa ir à rua "olhar nos olhos das pessoas e ver que o sentimento do brasileiro é de desânimo", segundo o Estadão. Apesar do comício, a Força Sindical deve apoiar a candidatura de Dilma.

Aécio faz selfie com os tucanos Geraldo Alckmin, que disputa a reeleição para o governo de São Paulo e José Serra, que concorre ao Senado, na porta da fábrica Voith, no Jaraguá, em São Paulo (Foto: Orlando Brito/Divulgação)
4. Para concorrer, Lindbergh apela para o crediário
O senador Lindbergh Farias, candidato ao governo do Rio, precisou negociar sua dívida com o PT para poder concorrer às eleições. Segundo o iG, Lindbergh devia ao PT contribuições referentes a 20% do salário líquido que recebe como senador desde o início do mandato, em 2010. A dívida era de R$ 180 mil. Segundo o estatuto do PT, candidatos que não estão em dia com a contribuição partidária não podem concorrer. A solução encontrada por Lindbergh é bem conhecida dos cidadãos brasileiros: parcelar a dívida. Ele prometeu pagar em três parcelas de R$ 60 mil.
5. Padilha está no vermelho, mas doa R$ 8 para Suplicy

A vida financeira dos petistas não anda bem... A candidatura de Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo não passou dos 5% nas intenções de voto, enfrenta críticas do partido, agora ainda está no vermelho, segundo a Folha. Em dados divulgados pelo TSE, o petista afirmou ter uma despesa de R$ 33,1 milhões de reais, quase 175 vezes o valor arrecadado (parcos R$ 188 mil). A maior parte do valor – R$ 25 milhões – foi gasta com a produção do programa eleitoral para televisão, grande esperança do partido de tornar o candidato mais conhecido e arrematar votos.
Padilha e Suplicy os novos melhores amigos de campanha (Foto: Reprodução/Twitter)
Padilha, contudo, parece estar confiante e doou R$ 8 para a campanha pelo Senado de Eduardo Suplicy (PT). Em entrevista ao Estadão, alertou nesta tarde: “não subestimem a força do PT”. Se você está dizendo...
6. Tio não é parente, é?

Eduardo Campos (PSB) se vende como um candidato diferente, que acabaria com a antiga forma de fazer política. Muitas coisas falam a seu favor. Como a lei antinepotismo sancionada em seu primeiro ano no governo de Pernambuco. No entanto, seu tio Marcos Arraes de Alencar está desde 2011 na direção de uma estatal federal: a Hemobras. Segundo a Folha, por ser um caso muito específico de gestão provavelmente o caso não poderia ser enquadrado na lei estadual ou federal. Causa sim estranhamento que o cargo não tenha sido entregue junto com os demais ministérios quando o partido rompeu com o governo Dilma em setembro de 2013.
7. Cavalos de Requião eram tratados com recurso do Estado
Os cavalos do senador Roberto Requião, candidato ao governo do Paraná pelo PMDB, estão no meio de um escândalo no Estado. Segundo a Folha de S. Paulo, um inquérito da Polícia Militar descobriu que Requião usou recursos do governo do Paraná para cuidar de seus cavalos. O inquérito diz que Requião usou as estruturas do regimento da polícia montada para cuidar de 88 cavalos particulares entre 2003 e 2010, quando ele era governador. Segundo uma testemunha não identificada pela reportagem, os cavalos de prefeitos, deputados e amigos de Requião também eram abrigados no local. Há relatos de veterinários pagos pelo Estado sendo deslocados no meio da madrugada para cuidar do animais particulares de Requião. Um cálculo levando o custo médio de manutenção de equinos indica que o gasto do Estado com os animais do senador pode ter passado de R$ 8 milhões. Requião negou o uso da estrutura da Polícia para fins pessoais. "Isso é bobagem, não existe, é uma palhaçada total", disse, segundo a Folha.
8. Crivella quer almoçar com gays... mas insiste que é pecado

Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e candidato ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) insiste em dizer que não é homofóbico. De acordo com o jornal O Tempo, ele disse em sabatina nesta quinta (7):"Por ser evangélico, acham que eu, ou os evangélicos, somos homofóbicos. Não tem povo menos homofóbico que o evangélico. O que os evangélicos querem é o direito de se expressar e dizer que a homossexualidade é pecado".

Para comprovar, ele convidou quatro militantes gays de seu partido e seis membros do Grupo Iguais, comunidade LGBT de Cabo Frio (RJ), para almoçar na sexta (1º). Ao final, se recusou a assinar um termo de compromisso com o grupo. Um dos militantes afirmou ao iG que, apesar das contradições, Crivella é o único candidato evangélico que tenta mudar sua figura de "fundamentalista homofóbico". Anthony Garotinho (PR), por exemplo, não respondeu se pretende manter o programa “Rio sem homofobia”.
9. Maior ficha suja do país nas eleições? Acredito que não
Mais de 180 processos em tramitação na Justiça, a maioria por improbidade administrativa, e 21 ações por crimes de lavagem de dinheiro e peculato... Graças a Lei Ficha Limpa, o eleitor brasileiro estará livre do maior Ficha Suja do país: o deputado estadual José Riva (PSD), que tentava se candidatar ao governo do Mato Grosso. Segundo O Globo, o voto mais incisivo foi da desembargadora Maria Helena Póvoas, que disse: "Pode um cidadão afastado da chefia do Legislativo por improbidade assumir o Executivo, responsável pela arrecadação de impostos? Acredito que não".
10. "Furacão da CPI" desiste de candidatura
A advogada Denise Rocha, ex-assessora no Senado que ficou conhecida em 2012 quando um vídeo íntimo dela foi publicado na internet em meio à CPI do Cachoeira, desistiu de sua candidatura. Segundo O Globo, a desistência acontece por desavenças com o seu partido, o DEM. A advogada diz que o DEM declarou ao TSE que ela gastaria R$ 72 milhões na campanha sem consultá-la. O valor é muito mais alto do que o que foi acordado entre os candidatos a deputado distrital do DEM, de que cada um gastaria R$ 1,5 milhão. O presidente do DEM no Distrito Federal, Alberto Fraga, negou que o partido tenha informado o valor de R$ 72 milhões. Por enquanto, Denise Rocha não se desfiliou, mas ela já protocolou uma ação contra o DEM por causa do incidente.

A advogada Denise Rocha, que ficou conhecida pelo apelido de "Furacão da CPI" (Foto: Ailton de Freitas/ Agência O Globo)

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