Único brasileiro no Stomp, baiano leva o mais famoso grupo de percussão do mundo para Salvador
Na quinta-feira, dia 30, quando Dorival Caymmi completaria 101 anos, o Teatro Castro Alves, em Salvador, estará em festa, com a realização do primeiro Prêmio Caymmi de Música. E, além de shows e muitos trofeus, a noite terá uma apresentação especial do maior grupo de percussão do mundo, o inglês Stomp, que irá a Salvador a convite do baiano Marivaldo dos Santos, único brasileiro que faz parte do grupo, desde 1996. “Dessa vez, a turnê passou por São Paulo, Rio, e agora vamos para Fortaleza e Natal. Não teve agenda para Salvador. Mas pelo menos consegui levar o elenco para essa apresentação na minha terra. Salvador é o berço da percussão”, diz ele, que, na ocasião, se apresentará também com as crianças carentes do projeto Quabalis, que administra à distância, já que mora em Nova York. “Foi o Stomp que me deu essa oportunidade de ter esse projeto social”.
E foi muito por acaso que o baiano entrou no grupo. “Eu era surfista, e tocava percussão na praia. Até que minha irmã me chamou para ir para Nova York em 1991. Eu ia para o Central Park jogar capoeira, esse era o meu ganha pão. Até que os anos foram passando e conheci outros músicos. Foi lá que passei a conhecer mais a cultura brasileira. Comecei a estudar, porque americano dá muito valor a quem sabe sobre a própria cultura, e eles gostam de saber”, conta Marivaldo, que viajou bastante neste período. Quando chegou a oportunidade para participar da audição para o Stomp, ele chegou a titubear. “Não queria mais ficar viajando, quase não fiz. Mas aí, fiz, e passei. E fiquei no elenco de Nova York, onde estou até hoje. Eu não sou ator e vou aprendendo a cada dia. O legal é que o show fica muito leve por causa do humor e da interação com o público”, destaca.
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