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31 de outubro de 2015


"Jagged Little Pill", de Alanis Morrisette, ganha reedição em seus 20 anos



Do UOL, em São Paulo



Divulgação

Detalhe da capa da versão "deluxe" do álbum "Jagged Little Pill", de Alanis Morissette

Responsável direto pelo fenômeno Alanis Morrisette, o álbum "Jagged Little Pill" (1995) estará de volta a partir de sexta-feira (30) nas plataformas de streaming, em um relançamento de luxo que deve acalentar o coração de fãs e saudosistas da década de 1990.

Com edição física prevista para dezembro no país, o box quádruplo trará, além do disco original remasterizado, CDs extras com dez demos inéditas, uma apresentação ao vivo em Londres em 1995 e uma versão acústica do álbum, lançada originalmente em 2005.


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A capa original de "Jagged Little Pill"
Sucesso absoluto --alcançou o primeiro lugar em 12 países, vendendo cerca de 33 milhões de cópias no mundo--, "Jagged Little Pill" fez mais do que transformar a desconhecida canadense Alanis em uma estrela internacional do quilate de Madonna e Michael Jackson.



Músicas como "Hand in My Pocket", "Ironic" e "You Learn" consolidaram a sonoridade da segunda metade dos anos 1990, na esteira do chamado "pós-grunge", e inspiraram --e ainda o fazem-- mulheres de todo o mundo a percorrer o caminho das pedras de Alanis.

Uma estrada feira por uma jovem então com 21 anos, cheia marcas de neuras, desilusões e expectativas, que, com suas com suas letras pessoais e aura roqueira, ganhou status de ícone feminista entre as adolescentes.

Como uma prévia do relançamento, que o UOL separou dez curiosidades sobre o álbum que marcou afetivamente a terna idade de milhões de trintões.


Reprodução
Alanis em imagem de divulgação de 1995



Terceiro disco, e não primeiro

Alanis já tinha dois álbuns de estúdio no currículo antes de Jagged Little Pill": "Alanis" (1991) e "Now Is the Time" (1992), lançados pela gravadora MCA Records apenas no Canadá, que a transformaram em estrela teen local. Com forte influência da dance music da época (o que a levou a ser chamada de Madonna genérica) e letras mais ingênuas, os discos são renegados por Alanis, tanto que desde 1995 estão fora de circulação. Mas a cantora não se arrepende deles. "O foco, na época, era entreter as pessoas, o oposto de fazer revelações sobre mim na época. Eu as tinha, mas não estava preparada para compartilhar", disse Alanis em entrevista à revista "Rolling Stone".

Quase um álbum ao vivo

Cada música do disco foi gravada em dois takes, o que confere um caráter de espontaneidade às músicas. "A distância mais curta entre o pessoal e o universal", filosofou a cantora à revista "Billboard", em 1996. "Não há sentimento melhor do que compor algo que você sabe que é parte de você e que, em algum ponto, irá comunicar com alguém. Comunicação é o que me excita."

Recorde antes de Taylor Swift

"Jagged Little Pill" levou o Grammy de álbum do ano em 1996, quando Alanis tinha apenas 21 anos, o que fez dela o artista mais jovem a alcançar o feito. O recorde foi batido apenas em 2010, por Taylor Swift, que recebeu o troféu em 2010, aos 20 anos, pelo disco "Fearless", ainda em sua fase pop country.

Composições a jato

Segundo single do álbum e dos grandes sucessos da carreira da cantora, "Hand In My Pocket" foi composta em cerca de uma hora. Ao menos é essa a história que conta o produtor Glen Ballard, que assina com Alanis quase todas as faixas do trabalho. "Eu a vi compor na minha em frente em, tipo, uma hora", disse ele ao site The A.V. Club. O mesmo aconteceu em "Perfect". "Sei que parece surreal, mas aconteceu desse jeito. Não é como as coisas costumam acontecer, mas podem acontecer, quando tudo está correto e você tem alguém como Alanis."


Getty/Reprodução/Montagem
O guitarrista Dave Navarro e o baixista Flea, que tocaram no hit "You Oughta Know"



Um pouco de Red Hot Chili Peppers

O álbum conta com participações especiais, como o vocalista Joel Shearer, da banda californiana Pedestrian. Mas os nomes mais famosos são o do guitarrista Dave Navarro (à época no Red Hot Chili Peppers), que toca guitarra em "You Oughta Know". Um de seus companheiros de banda, Flea, também faz o baixo na música. "Quando a ouvi pela primeira vez, havia um baixista e guitarrista diferentes. Escutei a linha de baixo e achei uma merda. Mas o vocal era forte. Só tentei tocar algo legal", disse Flea à revista "Bass Player" em 1996.

Faixa escondida

As faixas escondidas viraram moda dos anos 1990, e há uma delas em "Jagged Little Pill". Para encontrá-la, basta esperar cerca de um minuto após o fim da última música do disco, a versão remix de "You Outghta Know". A emotiva "Your House" é cantada à capela.


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Capa do "Jagged Little Pill Acoustic"



Versão acústica

Além da presença de demos inéditas e de um show gravado em 1995, uma das atrações da edição de 20 anos do álbum é uma versão inteiramente acústica, lançada originalmente por Alanis em 2005 (à época era exclusivamente da rede Starbucks, cujo selo Hear Music editou o disco para celebrar seu décimo aniversário). Apenas em um segundo momento ele passou a ser comercializado em lojas tradicionais. Sem contar os arranjos desplugados, a novidade ficou com "Your House", que recebeu seu primeiro arranjo instrumental.

Calças de moletom poderiam ter arruinado o disco

Alanis conheceu o empresário Guy Oseary e a equipe da gravadora Maverick, fato que mudaria sua vida e carreira, vestindo uma embaraçosa calça de moletom. "Lembro quando conheci Guy Oseary na Maverick. Eu estava escrevendo 'All I Really Want" com meu moletom", disse ela à revista "Entertainment Weekly". "E eles disseram: 'Vocês precisa ir lá e conhecer todo mundo do selo da Madonna'. E eu respondi: 'Eu estou com a merda de um moletom!'. Eles disseram: 'Bem, tem que ser agora!'. Então, minha primeira reunião com toda a equipe foi usando calças de moletom. Foi horrível. Felizmente, eles adoraram a minha música."

Listas de melhores

"Jagged Little Pill" tem um belo desempenho em listas. Em 2002, ele foi escolhido pela "Rolling Stone" como o 31° melhor álbum em uma lista de discos de rock produzidos por mulheres. Posteriormente, a revista também o incluiu na posição 50 do ranking "Women Who Rock: The 50 Greatest Albums of All Time", também dedicado a artistas femininas, e no posto 327 entre os 500 maiores discos de todos os tempos. Já a Music Business Association o considerou o 26º melhor em sua "Definitive 200".

Musical

"Jagged Little Pill" deve virar musical da Broadway. Com roteiro escrito pela própria cantora, a peça terá direção musical de Tom Kitt, compositor por trás da versão para os palcos de "American Idiot", do Green Day. "A história será uma ficção", revelou Alanis em entrevista à "Billboard" em março deste ano. "Vamos adicionar músicas e alterar letras." A montagem, no entanto, ainda não tem previsão de estreia nem elenco revelados.


Getty Imagens
A cantora, que está escrevendo musical para a Broadway baseado em "Jagged Little Pill"


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