Mais magro, Tino Junior diz que cantadas aumentaram após sua estreia na TV
Giselle de Almeida
Do UOL, no Rio
Do UOL, no Rio
- TV Record
Tino Junior, à frente do "RJ no Ar", da Record
No entanto, a abordagem, agora que está diante das câmeras, mudou. "Sinto que a troca de olhares é diferente, mais cautelosa. As pessoas têm a falsa impressão de que a gente fica mais distante quando está na TV. O radio dá a sensação de proximidade. Mas eu gosto de tirar foto, de falar com as pessoas na rua. Gosto da bagunça", diz ele, que não vê a hora de fazer reportagens especiais no meio do povo. Que Tino gosta do agito não é novidade para quem acompanhava seu trabalho no rádio. Dono de um estilo bastante informal, o âncora ficou conhecido no Rio pelas brincadeiras salientes e bordões picantes como "Chupo sua língua" na Beat98 e também na FM O Dia, que têm um perfil bem popular.
Mas a primeira demonstração desse jeito descontraído no "RJ no Ar" causou estranhamento: ao vivo, o ex-locutor disse que havia sonhado com a repórter Fernanda Sanches e brincou sobre a ausência do namorado da moça. A piada gerou burburinho nas redes sociais, mas o apresentador garante que o caso não gerou mal-estar com a colega nem provocou orientações da Record para pegar mais leve. "Quem me conhece sabe que sou um cara brincalhão, mas muito respeitador. A Fernanda riu, ficou numa boa, ela se tornou uma amiga. A emissora me contratou sabendo qual é o meu perfil, ninguém esperava um Tino sério, sisudo. Em nenhum momento fui repreendido", afirma.
A emissora me contratou sabendo qual é o meu perfil, ninguém esperava um Tino sério, sisudo. Em nenhum momento fui repreendido
A tarefa de dar notícias com credibilidade de forma descontraída é
"arriscada", ele reconhece. "Na linha de apresentadores da Record, isso
não é novidade. O Wagner Montes e o Marcelo Rezende também brincam com
as repórteres. Nas redes sociais, acabam estranhando, porque muita gente
não me conhece. No Rio, as pessoas riram, não levaram tão a sério",
analisa. Entre o público, aliás, o episódio motivou reações
bem-humoradas. "Outro dia, uma senhora me abordou no shopping e me
chamou de 'pão' (risos). Ela ainda brincou: 'Não sonhou comigo essa
noite, não?' Depois me apresentou o marido dela e puxou o telefone para
tirar uma foto. Isso é fruto da TV. As pessoas têm sido muito
carinhosas", conta.
Cotado para apresentar o "Cidade Alerta Rio",
Tino é só elogios à atual equipe e jura que a transferência precoce não
vai afetar sua relação com os colegas. "Somos todos funcionários, a
gente segue ordens, é a casa que manda. Estou adorando fazer parte dessa
equipe fantástica. Tomamos café da manhã juntos todo dia, é
entrosamento total. Se acontecer a mudança, vou ficar com saudade",
afirma ele, que é formado em jornalismo.
Adaptado à rotina de acordar às 4h da manhã, ele conta que estar diante
das câmeras é uma vontade antiga. "TV sempre foi um sonho. Mas nunca
gravei piloto, ficava na minha. Acredito que tudo que é nosso está
guardado. Quando veio o convite, senti que era hora", diz o
apresentador. Conhecido por sua faceta de comunicador ligado ao
entretenimento, Tino explica que a ida para o "RJ no Ar" não foi um
caminho tão inusitado assim. "Também trabalhei em rádio séria,
apresentava noticiário na MPB FM. Gosto de informação", diz o
jornalista, que não descarta uma volta ao veículo que o lançou. "Só
deixei a rádio porque são de empresas concorrentes. Meu sonho é
conciliar as duas coisas no futuro, depois que eu estiver mais adaptado.
Sou apaixonado pelo rádio", afirma.
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